Diferente do Brasil, Noruega faz nova grande contratação e prioriza seus estaleiros

  • 19/02/2018

Um exemplo que poderia ser seguido pelo Brasil e pela Petrobras. A Statoilconcedeu à empresa Kværner o contrato envolvendo o campo de Johan Castberg. O acordo tem o valor de R$ 1,57 bilhão (3,8 bilhões de coroas norueguesas) e inclui a construção e instalação do topside para o FPSO que irá operar no campo, no Mar de Barents. A Kværner utilizará uma série de estaleiros ao longo da costa do país para o trabalho de construção. As unidades de Sandnessjøen, Verdal, Stord e Egersund serão usadas. Enquanto isso, no Brasil, vemos importantes obras indo para o exterior, fazendo com que a indústria naval sofra uma crise sem precedentes.

O trabalho de construção na Noruega está programado para durar até 2021, seguido por um período de montagem. Neste intervalo, a estrutura do topside será instalada no casco e conectada à torre. O primeiro óleo do campo está agendado para a primeira metade de 2022. O comentário de um dos executivos da Statoil mostra a sensatez e estratégia dos noruegueses em relação à cadeia local de fornecedores. “O desenvolvimento de Johan Castberg gerará spinoffs substanciais para a indústria de fornecimento norueguesa nos próximos anos. O campo também é essencial para o desenvolvimento futuro da indústria no norte da Noruega, e estamos satisfeitos por este contrato ajudar a aumentar as atividades no norte”, disse o diretor de compras da Statoil, Pål Eitrheim (foto).

No Brasil, como o Petronotícias vem acompanhando ao longo dos últimos, a Petrobras está privilegiando os estaleiros internacionais, deixando de lado seu papel de grande incentivadora da indústria nacional, como a Statoil tem feito até então. Recentemente, a estatal brasileira revelou que os percentuais de conteúdo local da plataforma de Mero 2 poderão ser iguais ao do FPSO Mero 1. Vale lembrar também que no pedido de Waiver de Mero 1, a ANP concedeu a isenção de conteúdo local para a construção do casco do navio. Mas ainda há incerteza se estes serão os índices definitivos, porque a Petrobras ainda aguarda a Agência Nacional do Petróleo lançar a regulamentação do waiver.

Fonte: Petronotícias
19/02/2018|Seção: Notícias da Semana|Tags: , |