Shell E SBM Em Sistema De Resfriamento

  • 21/02/2018

Companhias fecharam acordo com a USP para desenvolver projeto com investimento de até R$ 2 mi

A Shell firmou um acordo com a Universidade de São Paulo (USP) e a SBM Offshore para desenvolver um projeto de sistema de captação de água de resfriamento em profundidades elevadas FPSOs, com investimento previsto de até US$ 2 milhões.

O projeto consiste em um tubo de grande diâmetro e comprimento entre 600 m e 1000 m, feito de material especial. Atualmente, a captação de água de resfriamento se dá através de mangotes flexíveis cujo comprimento gira em torno de 80 m, obtendo água em temperaturas próximas de 25°C. A expectativa é de que, com o novo sistema, seja possível reduzir essa temperatura em até 15º C.

A previsão é de que o projeto seja executado em 15 meses, até que atinja um nível elevado de maturidade tecnológica. Obtendo resultados positivos nesta primeira fase, a implementação em FPSOs, após a realização de testes de campo em escala real, será em um prazo de três anos.

A água, obtida em temperaturas mais baixas, vai gerar melhorias na eficiência dos sistemas de geração de energia e compressão de gás, gerando benefícios ambientais e otimização de custos operacionais.

A nova tecnologia será financiada com recursos da cláusula de Pesquisa & Desenvolvimento dos contratos de concessão de exploração e produção  e conta ainda com o apoio do Instituto Oceanográfico da USP, do Centro de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais da Universidade Federal de São Carlos e da Empresa de Base Tecnológica Argonáutica Engenharia e Pesquisas..

O Brasil é uma peça primordial na estratégia da Shell de aumentar sua produção em águas profundas, já que o país é responsável por um quinto da sua produção global. Hoje, a Shell tem participação em 18 projetos de exploração e produção no país, incluindo 12 FPSOs, sendo dez em parceria com a Petrobras.

A SBM mantém sete FPSOs em operação no Brasil hoje – Capixaba, Espírito Santo, Anchieta, Paraty, Ilhabela, Maricá e Saquarema, mas segue impedida de firmar novos contratos com a Petrobras ainda que o TCU tenha aprovado de seu acordo de leniência com a CGU.

Fonte: Brasil Energia – 
21/02/2018|Seção: Notícias da Semana|Tags: |