Petrobras estendeu por um ano contrato da unidade que explodiu nos campos de Camarupim e Camarupim Norte
A BW Offshore comunicou nesta terça-feira (13) que a Petrobras exerceu opção para estender por mais um ano o contrato do FPSO Cidade de São Mateus, que terminaria neste ano, com possibilidade de renovação até 2024. A unidade está em lay-up no estaleiro Keppel, em Singapura.
A plataforma sofreu uma explosão em fevereiro de 2015 enquanto atuava nos campos de Camarupim e Camarupim Norte, na Bacia do Espírito Santo. O acidente causou nove mortes e deixou outras 26 pessoas feridas e, desde então, os campos estão sem produzir.
A ANP estipulou prazo para que um novo plano para as áreas seja apresentado até dia 31 de julho de 2018. De acordo com a ANP, a Petrobras pode manter a produção parada em Camarupim e Camarupim Norte até julho de 2019.
Ambos os campos são operados pela Petrobras, mas em Camarupim a companhia tem 100% da concessão e em Camarupim Norte tem 65% – a OP Energia detém os outros 35%. A produção era feita por meio de oito poços, com volume aproximado de 2 milhões m³/dia de gás natural.
Entre as causas que levaram à explosão estão a estocagem inadequada de condensado e a degradação do sistema de cargas. Além disso, a ANP constatou que as decisões gerenciais tomadas pela Petrobras, Prosafe e BW Offshore ao longo do ciclo de vida do FPSO agregaram riscos à operação da plataforma. O inquérito da Polícia Federal sobre o acidente não imputou responsabilidade criminal à Petrobras ou a seus empregados.
Procurada, a Petrobras não retornou a tempo o contato para comentar a extensão.
