A Petrobras pretende vender participações no projeto de águas profundas de Sergipe, onde prevê a instalação de dois novos FPSOs, a partir de 2020. A venda parcial dos ativos foi anunciada nesta quarta-feira (23/5), como parte do programa de desinvestimento da companhia, e vai envolver os blocos BM-SEAL-4, BM-SEAL-4A, BM-SEAL-10 e BM-SEAL-11, onde foram identificados seis prospectos, em fase final de delimitação.
Operadora em todos os contratos, a Petrobras está ofertando participações de 20% a 50%, sendo 35% do BM-SEAL-4 (tem 75%), 50% de BM-SEAL-4A (tem 100%), 30% de BM-SEAL-10 (tem 100%) e 20% de BM-SEAL-11 (tem 60%). As empresas indianas ONGC e IBV são sócias em parte dos projetos.
Na prática, a estatal busca um sócio para participar do desenvolvimento do projeto. Ainda pendente de uma decisão final de investimento, o anúncio de venda do ativo (teaser) informa que o plano é desenvolver os futuros campos em dois módulos, instalando o primeiro FPSO no fim de 2020. Até lá, será necessário concluir a delimitação dos campos e declarar a comercialidade – um teste de produção (TLD) está previsto para este ano. São descobertas de óleo leve e gás natural, que demandaram investimentos na construção de gasodutos e unidade de tratamento em terra.
As áreas foram contratadas nas rodadas 2 (2000) e 6 (2004), e passaram por um extenso programa exploratório, que inclui a perfuração de 26 poços, confirmando os potenciais dos prospectos de Barra, Farfan, Cumbe, Muriú, Moita Bonita e Poço Verde. O plano de negócios da Petrobras chegou a prever o início da produção em Sergipe, mas o projeto foi postergado em meio aos cortes de investimentos pós-2014.