Mudança pegou o mercado de surpresa apesar de justificativa ser pedido das empresas participantes
A Petrobras adiou pela oitava vez o prazo de entrega das propostas da licitação para o afretamento do FPSO de Búzios V, unidade de produção programada para entrar em operação em 2021 na cessão onerosa. A nova data foi reagendada para o dia 15 de maio.
A mudança no cronograma, segundo a Petrobras, foi novamente ocasionada por solicitação de algumas empresas participantes. As propostas eram para ser entregues nesta segunda-feira (30/4). O aviso do adiamento foi comunicado há cerca de uma semana.
O novo adiamento causou surpresa no mercado. A maior parte das empresas apostava que a Petrobras fosse manter 30 de abril como prazo final, já que o adiamento anterior já havia sido motivado por solicitação de algumas empresas participantes.
Antes das duas últimas prorrogações, a Petrobras já havia adiado a data pela necessidade de atualização do custo do projeto junto ao TCU. O valor apresentado pela petroleira ao órgão foi orçado antes do lançamento da licitação e não chegou a ser atualizado.
O FPSO de Búzios V ficará afretado pelo prazo de 21 anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. Programada para ser instalada na parte Norte do campo, a unidade terá capacidade para produzir 180 mil barris/dia de óleo e processar 12 milhões de m3/dia de gás.
Búzios está localizado na parte Norte da Bacia de Santos e possui o maior volume de óleo da cessão onerosa, com a marca de 3 bilhões de boe. No dia 20 de abril, a Petrobras estreou a produção do campo, a partir da entrada em operação da P-74, unidade que inaugurou o módulo I, explotado na parte central.
No momento, a P-74 opera interligada ao poço Búzios-7, produzindo cerca de 31 mil barris/dia de óleo. Como a planta de compressão está em fase de comissionamento, a produção de gás do projeto vem sendo queimada até que o primeiro poço injetor seja conectado.
Outros dois FPSOs serão colocados em operação no segundo semestre deste ano, a P-75 e a P-76. A quarta unidade, P-77, tem primeiro óleo previsto para 2020.