Em encontro anual com investidores, a fabricante de motores elétricos WEG disse hoje que pretende seguir na estratégia de expansão internacional e de fusões e aquisições. Além disso, a companhia, com sede em Jaraguá do Sul (SC), lembrou que após demonstrar resultados positivos nos últimos anos, mesmo com a economia desafiadora, tem boas perspectivas de negócio daqui para frente.
A apresentação do evento, chamado “WEG Day”, arquivada da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mostra que a WEG quer seguir elevando sua participação em outros países que não o Brasil. O plano, em geral, é chegar inicialmente com a oferta de motores elétricos e, assim que a marca estiver estabelecida ou a participação de mercado, melhor, é possível expandir o portfólio.
Hoje a empresa já é muito mais multinacional do que catarinense. Desde 2014, em todos os anos a receita líquida foi maior lá fora do que aqui no Brasil. A empresa tem fábricas em dez países fora de sua terra natal e grandes plataformas de distribuição regional para Europa e Ásia/Pacífico.
Ainda de acordo com a WEG, as fusões e aquisições também não terminaram. A empresa tentar sempre buscar empresas que se adequem a seu modelo de negócios e ajudem o grupo a entrar em um novo mercado ou avançar em tecnologia. A estratégia até agora funciona e de 2014 a 2017, o crescimento dos novos negócios e aquisições foi de 21% enquanto o restante recuou 11%.
Dentro do portfólio que possui, a fabricante de máquinas e equipamentos também busca aumentar seu portfólio de produtos. Com investimento de aproximadamente 3% da receita líquida em pesquisa e desenvolvimento, produtos novos, de no máximo cinco anos, atenderam por ao menos metade da receita na última década — 53,4% em 2017.
A WEG também lembrou na apresentação que os últimos anos foram difíceis tanto para as operações brasileiras quanto para as estrangeiras. As máquinas de ciclo longo, que demandam maiores investimentos, foram as mais afetadas. De 2014 a 2016, o Produto Interno Brasileiro (PIB) ficou estável em um ano e caiu nos dois seguintes. O consumo de energia por aqui recuou dois anos seguidos e preços de commodities industriais importantes como minério de ferro e petróleo desabaram.
Agora, acredita a empresa catarinense, as perspectivas são melhores. O PIB cresceu no ano passado e deve subir de novo em 2018 no Brasil — na apresentação, a companhia ainda mostra previsão de 2,5% —, o ritmo do consumo de energia aponta para o segundo avanço consecutivo neste ano e também as commodities de valorizam.