A tão sonhada retomada de negócios no setor de óleo e gás está, pouco a pouco, chegando a algumas partes do mercado. Para a Sotreq, um novo contrato que acaba de conquistar pode simbolizar o reinício de tempos melhores. A empresa conquistou encomendas de sistemas de geração de energia para os FPSOs de Sépia e Mero 1, ambos que serão construídos pela Modec e utilizados pela Petrobras. O gerente de desenvolvimento de negócios e engenharia para o mercado de óleo e gás da Sotreq, Diego Reis, afirma que as perspectivas para o futuro do segmento são positivas, mas ressalta que o volume de novos negócios ainda tem sido baixo. A despeito das dificuldades, a empresa se prepara tanto para atuar na área de produtos quanto na de serviços. “Nossa organização é estruturada para atuar nas duas frentes de negócio”, afirmou o executivo. “Temos investido bastante em tecnologia para cada vez mais termos ferramentas e soluções inovadoras que alavancam eficiência e reduzem o custo operacional”, acrescentou.
Quais são os principais negócios e projetos atualmente da Sotreq no mercado de petróleo brasileiro?
A Sotreq atua em todos os níveis da Indústria de Petróleo entregando soluções em energia. Ao longo dos últimos anos, focamos muito no desenvolvimento de novos projetos de produção offshore bem como em projetos de repotenciamento de grupos geradores e motores.
Especificamente na área de produção offshore, temos encomendas para o sistema de geração de energia de dois novos FPSOs para a Petrobras, respectivamente para os campos de Sépia e Mero 1.
Como tem sido o volume de negócios dentro deste mercado?
O volume de negócios, no que se refere a novos, tem sido baixo. Os últimos anos foram difíceis para toda a indústria, com poucos investimentos que refletissem encomendas para cadeia de fornecedores nacional.
E quais as perspectivas futuras de novos contratos neste segmento para os próximos anos?
As perspectivas são boas. Temos um conjunto de fatores que indicam uma possível e expressiva melhora do ambiente de negócios. As últimas rodadas da ANP e o calendário das próximas nos dão previsibilidade de negócios no longo prazo. Já para o curto-médio prazo, contamos com outras importantes medidas como a nova resolução de conteúdo para as rodadas 7 a 13 e também a retomada do segmento onshore com o REATE, programada de Revitalização das Atividades Terrestres do MME.
Qual será o foco daqui para frente? Produtos ou serviços?
Ambos. Nossa organização é estruturada para atuar nas duas frentes de negócio. Temos um time de especialistas para atuar no desenvolvimento de novos projetos o que assegura nosso market share e suporta o avanço dos nossos clientes em seus desafios. Da mesma forma, atuamos com um time de especialistas na área de serviços e peças para assegurar a máxima disponibilidade e segurança dos equipamentos Caterpillar embarcados nas operações dos nossos clientes. Temos investido bastante em tecnologia para cada vez mais termos ferramentas e soluções inovadoras que alavancam eficiência e reduzem o custo operacional.
Como estão as atividades na unidade de Macaé?
Nossa filial, em Macaé, está pronta para atender as demandas de todos os nossos clientes bem como o aumento das atividades de produção do pré-sal. Apesar da redução do volume de negócios, nós continuamos fazendo investimentos na filial de Macaé. A exemplo disso é a criação de uma oficina para reparo de motores bem como o início da terceira fase de implantação do centro de treinamento. Ambos os investimentos estão alinhados com nossa busca pela maior eficiência e compromisso com o setor de O&G.
E em relação ao setor marítimo? Quais são as perspectivas?
Para o setor marítimo as expectativas são similares as de O&G. Não vemos no curto prazo grande demanda, porém, com o aumento da atividade de O&G de modo geral esperamos considerável aumento das atividades de suporte ao produto.
Sobre o setor de óleo e gás, como a empresa planeja crescer nos próximos anos?
Como falado, estamos acompanhando bem de perto todas as mudanças infralegais do setor e também dos leilões, sobretudo do pré-sal. Nosso crescimento está diretamente ligado com os novos investimentos que virão, sobretudo na entrada de novas unidades de produção.