Participação de barcos estrangeiros de apoio a operações de ancoragem de plataformas caiu de 73% para 27% em um ano
A frota de embarcações de apoio a operações de ancoragem (AHTSs) no Brasil está cada vez mais verde e amarela. Entre julho de 2017 e o mesmo mês deste ano, 14 unidades de bandeira estrangeira deixaram o país, reduzindo sua participação de 73% para apenas 27% na frota total de barcos do tipo em águas brasileiras.
Quatro dos AHTSs estrangeiros que partiram para outros mercados no período são da Maersk. Os demais foram barcos da Astromarítima (2), Asso Marítima (1), Deep Sea (1), Farstad (1), Finarge (1), Galáxia (1), Maré Alta (1), OSM (1) e Solstad (1).
A norueguesa DOF responde hoje pela maior frota de AHTSs no Brasil, com 11 unidades, sendo uma de bandeira internacional. Na sequência estão a Bram/Alfanave (10), CBO e Farstad (6), Bourbon, Finarge e Maersk (3), Farol (2) e Asso Marítima e Marlin (1).
A “fuga” de barcos estrangeiros acompanha a queda da frota de apoio marítimo no país nos últimos anos, já que embarcações brasileiras têm preferência na contratação. No período analisado, a proporção de estrangeiros no Brasil diminuiu 35%, caindo de 69 para 45 unidades.
Entre outras classes de barcos que apresentaram reduções significativas de estrangeiros entre 2017 e 2018 estão RSVs (apoio a operações com ROVs), OSRVs (operações de contingência) e PLSVs (lançamento de linhas submarinas).
Frota total volta a crescer
A frota de apoio marítimo no Brasil encerrou o mês de julho em 368 embarcações, três a mais que o total registrado em junho. Foi a primeira alta do ano, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Navegação Marítima (Abeam).
Na comparação anual, porém, a variação da frota apresenta queda de 4%, ante as 383 embarcações que estavam em águas brasileiras em julho do ano passado.
Três classes se destacam entre aquelas que perderam mais barcos: AHTSs, PSVs e OSRVs, todas com queda de cinco unidades entre 2017 e este ano – reduções de 9,8%, 3,47% e 11,63%, respectivamente.
A frota de embarcações de apoio a intervenção de poços (WIV) registrou o maior aumento no período, graças à chegada dos Siem Helix I e II ao país, que estão contratados à Petrobras.
Somente duas outras classes apresentaram crescimento anual: as de RSV e DSV, com acréscimo de uma unidade em cada caso.
Mantiveram-se no mesmo patamar as frotas de crew boat (transporte de passageiros), FSV (supridores de cargas rápidas), LH (manuseio de amarras) e MPSV (embarcações multipropósito).