P-67 passará por reparos na Baía de Guanabara

  • 17/09/2018

P-67 é unidade própria da Petrobras

Problema no flare estaria impedindo início de operação do FPSO que será instalado no campo de Lula

Dois meses após chegar da China, onde teve seu topside integrado, o FPSO P-67 segue parado na Baía de Guanabara (RJ) e sem data definida para produzir o primeiro óleo no campo de Lula Norte, no pré-sal da Bacia de Santos.

A BE Petróleo apurou que há problemas na plataforma, inclusive na torre do flare, que não teria sido aprovada pelas autoridades. Em razão disso, a unidade terá de permanecer por mais 60 dias no local, onde passará por reparos.

Na última segunda-feira (10/9), a reportagem procurou a Petrobras para entender por que a Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPCMar) informava, naquela data, que a plataforma aguardava perícia por ter um “item impeditivo” para operar desde 30 de julho deste ano. Também foi solicitado à companhia que informasse as previsões de chegada da unidade ao campo e de seu início de operação.

Na quinta-feira (13/9), a Petrobras disse, via assessoria de imprensa, que a Marinha atualizou o relatório “em que mostra que não há pendências impeditivas para a operação da P-67” e que a plataforma permanece na Baía de Guanabara sendo preparada para a fase offshore. A estatal não deu mais detalhes.

A última atualização disponível do relatório de declarações de conformidade do DPCMar, da manhã desta sexta-feira (14/9), informa que a plataforma aguarda perícia para entrada em operação, sem pendências impeditivas.

Quatro FPSOs produzem primeiro óleo ainda em 2018

O documento também informa que o FPSO P-69, que já está no campo de Lula Extremo Sul, também aguarda perícia para iniciar operação.
Em apresentação para investidores na última segunda-feira, a Petrobras informa que a P-67 e a P-69 têm início de operação previsto para o quarto trimestre deste ano. A primeira tem 11 poços completados e a segunda, oito.

Além dessas unidades, estão programados para produzir o primeiro óleo este ano os FPSOs P-75 e P-76, nos campos de Búzios 2 e 3, respectivamente. Elas se somarão à P-74, que começou a produzir em Búzios 1 em abril, e ao Campos dos Goytacazes, que opera em Tartaruga Verde e Mestiça desde junho.

Fonte: Brasil Energia – João Montenegro e Roberto Francellino
17/09/2018|Seção: Notícias da Semana|Tags: , |