Operadoras de unidades marítimas demonstram forte otimismo em relação ao Brasil
A Petrobras poderá contratar seis sondas marítimas até meados de 2019, ao menos duas delas para operar na área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A previsão é do vice-presidente Sênior da Transocean, Roddie Mackenzie.
Durante conferência com analistas, na última semana, o executivo disse ter um sentimento muito positivo em relação ao Brasil, especialmente por conta da vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais.
“Ele havia se comprometido com a desregulação e a privatização de algumas das subsidiárias da Petrobras, além de garantir que manterá o calendário de licitações de blocos exploratórios”, justificou.
Conforme publicado pela BE Petróleo, a Petrobras promove licitações para contratar sondas para Libra/Mero, para o bloco BM-S-11 e o projeto conhecido como “pool”.
Presente no Brasil desde 1996, a Noble Corporation é uma das operadoras de sondas que participa de licitações da Petrobras. Sem contratos em vigor no país, a companhia está confiante em novos negócios.
“Enxergamos muitas oportunidades [no Brasil] em 2019 e principalmente em 2020. Estamos prestando bastante atenção nesse mercado”, afirmou o vice-presidente da companhia, Robert W. Eifler, em conferência com investidores.
Já Rowan prevê possíveis sinergias com a Ensco no país. Em outubro, as empresas anunciaram operação de fusão no valor de US$ 3,9 bilhões.
“Operamos no Brasil antes e temos estruturas por lá. Portanto, ainda pretendemos bidar [na região]”, ressaltou o CEO da empresa, Thomas Peter Burke, durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre.
O CEO da Vantage Drilling, Ihab Toma, assinalou, por sua vez, que a crescente atividade de novas operadoras no país deve trazer melhoras significativas para os negócios em águas ultraprofundas.
“Estamos bem posicionados para aproveitar a recuperação do setor de perfuração” , disse o executivo em conferência com investidores.