Após mais de sete meses de obras paralisadas por divergências empresariais, a dragagem do canal de acesso ao estaleiro Vard Promar, no Porto de Suape, será retomada em até 20 dias. Com o objetivo de aprofundar e alargar o canal de acesso ao estaleiro, as intervenções têm previsão de serem concluídas 90 dias depois de iniciadas. Atualmente, com 50% de andamento, a dragagem é importante para a empresa, que está no processo de concorrer à licitação da Marinha para construção de quatro corvetas.
A principal motivação para essa paralisação foi devido a problemas no consórcio Constal Etco, que venceu a licitação no ano passado para a execução das obras. “O contrato foi feito entre Suape e o consórcio. Mas a sociedade deles foi desmanchada. Agora, entrou outro sócio. Então, assinamos um novo aditivo de entrada desse novo parceiro”, explicou o presidente do Porto de Suape, Carlos Vilar, ao informar que o contrato segue em vigor. O novo consórcio chama-se Ingazeira Etco.
Ainda segundo Vilar, a obra será fundamental para deixar o estaleiro mais competitivo. “É importante para que o Vard Promar possa participar do processo para a construção das corvetas. Então, agora vamos concluir os 50% restantes da obra”, disse Vilar. Atualmente, o Vard aguarda o resultado da licitação para saber se irá vencer a concorrência para a construção das corvetas. Inicialmente previsto para ser divulgado neste mês, o resultado só sairá em março do próximo ano.
Com a dragagem feita, o canal passará a ter profundidade de nove metros e extensão de aproximadamente 1000 metros. Assim, será possível permitir o acesso de navios petroleiros e de minério, ampliando a capacidade operacional do Porto de Suape por meio dos padrões internacionais. “No contrato da licitação, essa obra tem custo de cerca de R$ 33 milhões, recurso que é do próprio Suape. Obras relacionadas ao acesso aquaviário são de responsabilidade do terminal portuário”, acrescentou Vilar.
Suape ainda informou que, futuramente, pretende-se executar outra dragagem para aprofundar o canal para 11 metros. Dessa forma, aumentará a capacidade do estaleiro para realizar reparos em embarcações. Os materiais retirados do fundo do mar serão depositados na Ilha de Cocaia para terraplanar o local em que será construído o Terminal de Minérios.