Instalado no campo de Bijupirá, na Bacia de Campos, o FPSO está sem produzir desde janeiro
A Shell está consultando o mercado para avaliar a contratação de serviços de descomissionamento do FPSO Fluminense, que está instalado no campo de Bijupirá, na Bacia de Campos.
Segundo a petroleira, a verificação dos serviços necessários à operação faz parte do planejamento de longo prazo para o descomissionamento do ativo.
“A Shell Brasil vem investindo na modernização e manutenção da FPSO Fluminense para estender a vida útil do ativo em pelo menos cinco anos, aumentando a produtividade dos campos de Bijupirá e Salema e maximizando o fator de recuperação economicamente viável”, informou a companhia via assessoria de imprensa.
As declarações vão de encontro a comentários no mercado de que a Shell estaria considerando antecipar o descomissionamento da plataforma devido a problemas operacionais.
“O contrato de concessão de Bijupirá e Salema se encerra em 2025, quando os campos serão devolvidos à ANP”, acrescentou a empresa.
Situado em lâmina d’água de 762 m, o campo de Bijupirá foi declarado comercial em 2005 e começou a produzir quatro anos depois. De acordo com dados da ANP, o FPSO Fluminense está sem produzir desde janeiro.
A Shell é operadora do campo com 80% de participação, tendo a Petrobras como sócia, com os 20% remanescentes.
Marlim e Espadarte
A ANP estima que 16 unidades de produção terão de ser descomissionadas até 2020, entre elas as plataformas P-7, P-12, P-15 e P-33, na Bacia de Campos, cujos processos estão em análise na agência e no Ibama.
O órgão ambiental também avalia os processos das plataformas fixas do campo de Cação (PCA-1, PCA-2 e PCA-3), na Bacia do Espírito Santo, que já tiveram parte de seus equipamentos no topside removidos pela CSE Mecânica e Instrumentação, da Aker Solutions.
O maior empreendimento no horizonte de curto e médio prazo está associado ao projeto de revitalização do campo de Marlim, da Petrobras, que prevê o descomissionamento de nove plataformas, incluindo a P-33.
Outra plataforma que será desmobilizada em breve é o FPSO Cidade do Rio de Janeiro, no campo de Espadarte, também operado pela Petrobras. Proprietária da unidade, a Modec informou, via assessoria, que já realiza atividades preparatórias para a operação.