A Shell – que atua na Bacia de Campos – anunciou acordo de US$ 1,5 milhão com o ABS, a SBM Offshore e a Coppe/UFRJ para desenvolver ferramentas para avaliação, em tempo real, do impacto das operações e condições ambientais na degradação de unidades FPSO. Com esses dados serão desenvolvidas novas técnicas para a estimativa do tempo remanescente na operação segura da plataforma. Atualmente, essa estimativa de envelhecimento do local é feito somente no final das operações. As novas técnicas permitirão racionalizar os custos de manutenção para prolongamento da vida operacional das plataformas.
Além da redução dos custos, o novo sistema aumentará a segurança dos profissionais embarcados, diminuindo sua exposição às intervenções de reparo e inspeção, redução do risco de incidentes estruturais e de desvios das condições operacionais normais. A idéia vai de encontro aos reclames dos sindicatos dos petroleiros e as centrais trabalhistas que, vêem com preocupação o crescimento dos acidentes e com registros fatais. As pressões e insegurança que atingem os trabalhadores estão aumentando os casos de depressão e ansiedade. Os sindicalistas querem da atual gestão da Petrobras um olhar mais específico no afastamento gerado por doenças mentais, depressão e ansiedade. O desmonte da empresa e o descaso da política de SMS estão matando o trabalhador aos poucos, atingindo também sua família.
Falado sobre esse acordo, o gerente de Tecnologia da Shell Brasil, José Ferrari, disse que “entender a condição atual e saber prever as alterações na integridade estrutural de unidades FPSO ao longo de sua vida útil é fundamental para suportar a decisão sobre o momento adequado para descomissionamento ou substituição. Esta parceria com a ABS, SBM Offshore e a Coppe/UFRJ é crucial para garantir a entrega de algo de valor para a indústria offshore”.