Setor de óleo e gás absorverá quase 80% dos investimentos previstos pelo governo até 2029
O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, apresentou, na terça-feira (11/2), o Plano Decenal de Expansão de Energia 2029 (PDE 2029), que define os investimentos em infraestrutura energética necessários para atender à demanda do país dos próximos dez anos. A versão final do PDE 2029 será publicada na quarta-feira (12/2) no Diário Oficial da União (DOU).
Segundo o documento, serão necessários R$ 2,3 trilhões em investimentos para suprir a expansão necessária até 2029. Deste total, 77% serão absorvidos pelo setor de petróleo e gás, enquanto a área de geração e transmissão de energia elétrica representará 19%, incluindo geração distribuída.
O restante será destinados ao aumento da oferta de biocombustíveis.
A expectativa é que a produção de petróleo cresça 70%, passando dos atuais 3,27 milhões bopd para 5,54 milhões bopd no horizonte decenal. A exportação de petróleo também será significativa, saltando de 1,5 milhão para 3,4 milhões bopd, uma evolução de 130%. Já a produção de gás natural deverá ser de 199 milhões de m³/dia, o que representará aumento de 74% em relação aos atuais 115 milhões de m³/d.
Com relação à transmissão de energia elétrica, a expectativa é que os investimentos totais atinjam cerca de R$ 103,7 bilhões ao longo do decênio, sendo R$ 73,6 bilhões em linhas de transmissão e R$ 30,1 bilhões em subestações, incluindo as instalações de fronteira. É previsto, no PDE, um acréscimo de 55,8 mil km em linhas de transmissão, e um acréscimo de 172 GVA em capacidade de transformação.
Ainda sobre o setor de energia, a expansão da capacidade instalada de geração elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) prevista para o horizonte decenal é de 75,5 GW, sendo 60 GW em geração centralizada e 15,5 GW de autoprodução e geração distribuída.
O evento de lançamento do PDE foi realizado na sede do MME, em Brasília, e contou com a presença da secretária executiva do MME, Marisete Pereira; do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Reive Barros; da secretária de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Renata Isfer, e do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral.