Petrobras tem cinco plataformas em construção em estaleiros próximos ao epicentro da epidemia
A epidemia do novo coronavírus poderá atrasar a construção de FPSOs em estaleiros na Ásia, já que os estaleiros da China, Coreia do Sul e Singapura – países próximos ao surto inicial do vírus – respondem por 22 dos 28 FPSOs em fabricação no mundo. Segundo a Rystad Energy, os atrasos poderão ser de três a seis meses nos projetos, podendo chegar a um ano, caso a epidemia tenha uma escalada.
Isso poderá ocorrer devido a três motivos principais:
- Diminuição de profissionais nos estaleiros que receberam adicional de férias após o Ano Novo Chinês, no início de fevereiro, para impedir a propagação do vírus;
- Atrasos no fornecimento de materiais, módulos e equipamentos, dificultada pelas restrições de transporte dentro e fora da China, e;
- Proibições de viagens entre países, restringindo a entrada de contratantes, empresas de engenharia e de funcionários de E&P dos estaleiros asiáticos.
A Petrobras poderá ser uma das afetadas, já que cinco FPSOs programados para entrar em operação nos próximos anos estão acertados com estaleiros chineses: Mero 1/FPSO Guanabara (estaleiro Cosco), Sépia/FPSO Carioca (estaleiros Bomesc e Cosco), Búzios 5/FPSO Almirante Barroso (Cosco), Lula Oeste/P-71 (estaleiro CIMC Raffles) e Mero 2/FPSO Sepetiba (China Merchants Heavy Industry “CMHI” e Bomesc).