Coronavírus ameaça entrega de FPSOs

  • 03/03/2020

Petrobras tem cinco plataformas em construção em estaleiros próximos ao epicentro da epidemia

A epidemia do novo coronavírus poderá atrasar a construção de FPSOs em estaleiros na Ásia, já que os estaleiros da China, Coreia do Sul e Singapura – países próximos ao surto inicial do vírus – respondem por 22 dos 28 FPSOs em fabricação no mundo. Segundo a Rystad Energy, os atrasos poderão ser de três a seis meses nos projetos, podendo chegar a um ano, caso a epidemia tenha uma escalada.
Isso poderá ocorrer devido a três motivos principais:

  • Diminuição de profissionais nos estaleiros que receberam adicional de férias após o Ano Novo Chinês, no início de fevereiro, para impedir a propagação do vírus;
  • Atrasos no fornecimento de materiais, módulos e equipamentos, dificultada pelas restrições de transporte dentro e fora da China, e;
  • Proibições de viagens entre países, restringindo a entrada de contratantes, empresas de engenharia e de funcionários de E&P dos estaleiros asiáticos.

O epicentro do novo coronavírus, no distrito de Hubei, e os estaleiros próximos (Fonte: Rystad Energy)

A Petrobras poderá ser uma das afetadas, já que cinco FPSOs programados para entrar em operação nos próximos anos estão acertados com estaleiros chineses: Mero 1/FPSO Guanabara (estaleiro Cosco), Sépia/FPSO Carioca (estaleiros Bomesc e Cosco), Búzios 5/FPSO Almirante Barroso (Cosco), Lula Oeste/P-71 (estaleiro CIMC Raffles) e Mero 2/FPSO Sepetiba (China Merchants Heavy Industry “CMHI” e Bomesc).

Fonte: Petróleo Hoje – Ana Luísa Egues
03/03/2020|Seção: Notícias da Semana|Tags: , |