Após cerca de oito anos sem encomendar plataformas próprias para a produção de petróleo, a Petrobras vai às compras. A diretoria da companhia aprovou na última quinta-feira o início dos processos de contratação de três novas plataformas para o campo gigante de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Dessas, duas serão próprias. A terceira será afretada, ou seja, alugada.
Segundo executivos do setor, o custo dessas unidades é estimado em US$ 2 bilhões cada no mercado internacional. Ou seja, as duas plataformas que ainda serão construídas podem somar US$ 4 bilhões em encomendas, parte delas no Brasil.
A estimativa não considera os chamados equipamentos subsea (que ligam a plataforma aos poços no fundo do mar), que também serão contratados.
As três plataformas serão do tipo FPSO (navio-plataforma). As duas que serão construídas para a estatal terão capacidade de produção de 180 mil barris e já foram até batizadas, P-78 e P-79. A previsão é que elas entrem em operação em 2025.
A encomenda de duas plataformas próprias deve trazer alento à indústria nacional, por conta da obrigatoriedade legal para que parte de seus componentes seja adquirida no país. O conteúdo local dessas unidades tem potencial de chegar a 40%, distribuídos em três grupos: máquinas e equipamentos, engenharia e montagem.