A Petrobras movimentou o mercado de óleo e gás na manhã de hoje (24) com um anúncio importante: a empresa anunciou a contratação de três navios-plataformas (FPSOs) para o campo de Búzios, na Bacia de Santos. Além disso, outra novidade é que duas destas embarcações serão de propriedade da estatal, que nos últimos anos estava preferindo contratar os navios no modelo de afretamento. A expectativa é de que as contratações dos FPSOs sejam concluídas e os contratos assinados já no ano que vem.
Esses três novos navios-plataformas são o pontapé inicial da chamada Etapa 4 do Desenvolvimento do campo de Búzios. Ao todo, dentro dessa nova fase, a Petrobras deve contratar um total de 12 unidades, que deverão ser instaladas até 2030. Até lá, Búzios deve assumir o posto de maior ativo da estatal, com uma produção de mais de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
O primeiro navio-plataforma desta nova série de unidades para Búzios é o FPSO Almirante Tamandaré, que será contratado no modelo de afretamento. A embarcação deve começar a operar no segundo semestre de 2024, com capacidade de processamento diário de 225 mil barris de óleo e 12 milhões de m3 de gás. Com esses números, o Almirante Tamandaré assumirá o posto de maior unidade de produção de petróleo a operar no litoral brasileiro.
P-78 E P-79: A VOLTA DAS UNIDADES PRÓPRIAS
Os outros dois FPSOs, contratados na modalidade EPC, serão batizadas de P-78 e P-79. “Essas unidades são resultado da estratégia da Petrobras de desenvolver novos projetos de plataformas próprias, incorporando as lições aprendidas nos FPSOs já instalados no pré-sal, incluindo aspectos de contratação e construção”, informou a companhia, em nota.
A petroleira afirmou que estudos realizados dentro do “Projeto Referência”, incorporaram padronização adicional de especificações e aprimoramentos no modelo de abordagem ao mercado. Uma delas é a contratação de um único fornecedor EPC, que será responsável por todas as etapas do projeto. “Há, ainda, incorporações tecnológicas em áreas como reservatórios, poços e sistema submarino, com foco em aumento do fator de recuperação, maiores vazões, redução de custo, segurança e eficiência”, complementou a empresa.
A previsão é de que a P-78 e P-79 entrem em operação em 2025. Cada uma terá capacidade para processar diariamente 180 mil barris de óleo e 7,2 milhões de m3 de gás.