Plataforma afretada pela Petrobras para produzir em Sépia teve apenas 1 ponto percentual de avanço físico no segundo trimestre
As obras dos FPSOs Carioca, Almirante Barroso e Guanabara, contratados pela Petrobras, andaram a passos lentos em estaleiros asiáticos durante o segundo trimestre, com avanços físicos de 1 ponto percentual (p.p.), 4 p.p. e 6 p.p., respectivamente.
Ao menos dois deles são construídos em estaleiros chineses: o Guanabara, que produzirá no campo de Mero 1, no Dalian Shipbuilding Industry Company (DSIC), e o Carioca (Sépia), no Bomesc e no Cosco. Ambos serão operados pela Modec.
O Guanabara teve alguns de seus módulos construídos pelo Estaleiros do Brasil, em São José do Norte (RS). Os equipamentos foram entregues dentro do prazo para o DSIC.
Há duas semanas, a Keppel Offshore anunciou a assinatura de contrato para fabricação de módulos para o topside do Almirante Barroso no Estaleiro Brasfels (RJ). O contrato de afretamento da plataforma de Búzios 5 também foi fechado com a Modec.
Já o FPSO Sepetiba (Mero 2) registrou 9 p.p. de avanço físico no segundo trimestre. A plataforma fretada pela SBM também é construída no Bomesc.
Contratados mais recentemente, os FPSOs Anita Garibaldi e Anna Nery, que produzirão em Marlim 1 e 2, evoluíram 20 p.p. e 8 p.p., respectivamente. As unidades serão fretadas pela Modec e Yinson.
“Os estaleiros chineses estão com dificuldade para mobilizar mão de obra por que os trabalhadores chineses estão preferindo atuar em outras indústrias, onde encontram melhores salários, com menos trabalho braçal”, relata uma fonte da área de construção naval offshore.
Nas últimas duas semanas, cerca de 300 novos casos de covid-19 foram confirmados no país, que, em algumas regiões, tem restabelecido medidas de distanciamento social, incluindo lockdown (confinamento).
O atual plano de negócios da Petrobras prevê a entrada em operação dos FPSOs de Mero e Sépia em 2021; de Búzios 5 e Marlim 1 em 2022; e Marlim 2 e Mero 2 em 2023. O cronograma da companhia está, no entanto, em revisão.