Com capacidade para produzir 180 mil bopd, plataforma será contratada pelo modelo de EPC
A Petrobras lançou, nesta semana, a licitação para contratar o FPSO P-78, que será instalado no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.
A unidade, cujo modelo de contratação será o de EPC (Engenharia, Suprimentos e Construção), terá capacidade para produzir 180 mil bopd e processar 7 milhões de m³/d de gás natural. O índice de conteúdo local mínimo estabelecido é de 25%.
Poderão participar da concorrência dez epecistas habilitados previamente, conforme informado pelo PetróleoHoje. A data de entrega das propostas está marcada para o próximo dia 18 de dezembro.
A petroleira poderá incluir, na concorrência, uma segunda plataforma, sendo que uma mesma empresa poderá arrematar as duas, com a condição de oferecer um desconto em torno de 7% na segunda em relação ao preço da primeira.
O prazo de execução contratual será de 42 meses. Os concorrentes que reduzirem o prazo em até 120 dias terão vantagem na disputa.
Atualmente, o campo de Búzios tem quatro FPSOs operando: P-74, P-75, P-76 e P-77. Além da licitação da P-78, a Petrobras iniciará a contratação de dois novos FPSOs para o campo em 2020: o Almirante Tamandaré, com capacidade para extrair 225 mil bopd, pelo modelo de afretamento, e outro FPSO próprio (possivelmente “P-79”).
A Petrobras planeja ter 12 FPSOs instalados no ativo até o final da década, alcançando, no futuro, produção de 2 milhões de boed.
A estatal conduz, no momento, licitações para afretar os FPSOs de Mero 4 e de Itapu, enquanto negocia com a Misc o afretamento da terceira plataforma do campo de Mero 3.
Em paralelo, seis plataformas afretadas pela companhia estão em obras em estaleiros asiáticos: os FPSOs Guanabara e Sepetiba, que serão instalados em Mero 1 e Mero 2, respectivamente; Carioca (Sépia); Almirante Barroso (Búzios 5); Anita Garibaldi (Marlim 1) e Anna Nery (Marlim 2).
Considerado o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo, Búzios foi cedido onerosamente pela União à Petrobras em 2010. Os volumes excedentes do ativo foram arrematados, em 2019, pela estatal brasileira, em parceria com as chinesas CNOOC (5%) e CNODC (5%).