SBM e Petrobras discutem impactos em obra de FPSO

  • 10/08/2020

O estaleiro CMHI (China Merchant Heavy industry) fará parte das obras do FPSO Sepetiba/ Divulgação

Companhia holandesa terá de emprenhar “esforços significativos” para entregar plataforma dentro do prazo

A SBM Offshore terá de empenhar “esforços significativos” no segundo semestre do ano para entregar o FPSO Sepetiba dentro do prazo, em 2022, informou o diretor executivo da companhia, Bruno Chabas, em conferência com investidores na quinta-feira (6/8).

Segundo o executivo, o impacto no andamento das obras do FPSO, causado pelo fechamento de escritórios de engenharia e fornecedores devido à pandemia de covid-19, está sendo discutido com a Petrobras.

Com primeiro óleo previsto para 2023, no campo de Mero 2, na Bacia de Santos, o Sepetiba está na fase de engenharia e suprimentos, com módulos topside em construção no Brasil e na China. Os estaleiros em Singapura, onde o casco da embarcação se encontra, foram reabertos recentemente. A fabricação dos topsides foi interrompida durante o segundo trimestre.

O progresso da construção do navio-plataforma aparece com menos de 25% de execução física no relatório da SBM e 41% nos resultados da Petrobras. Na conferência, o executivo explicou que a companhia utiliza critérios diferentes para medir o progresso das obras.

A SBM é a operadora e acionista majoritária da embarcação, com participação de 64,5%, em consórcio com a Mitsubishi Corporation (20%) e a Nippon (15,5%).

A companhia está negociando financiamento com credores para a construção do FPSO. De acordo com o diretor operacional da SBM, Philippe Barril, o financiamento está progredindo como planejado, com expectativa de finalização dos preços no final do ano.

No último mês, a SBM anunciou o fechamento de empréstimo no valor de US$ 600 milhões, pelo prazo inicial de seis meses.

A holandesa também opera o FPSO Capixaba, cujo retorno às operações está previsto para este mês, após interrupção em abril diante de casos de covid-19 a bordo. Atualmente, a embarcação passa por manutenção antecipada. Os quatro meses de paralisação da unidade foram acrescentados ao término do contrato com a Petrobras, que passou para agosto de 2022. Durante o período, as taxas diárias foram suspensas.

A frota global da SBM Offshore é composta por 15 plataformas, sendo que sete estão no Brasil: os FPSOs Espírito Santo, Anchieta, Capixaba, Cidade de Paraty, Cidade de Ilhabela, Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema.

O campo de Mero está localizado na área de Libra, operada pela Petrobras (40%) em parceria com a Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%).

Fonte: Petróleo Hoje – Lais Carregosa
10/08/2020|Seção: Notícias da Semana|Tags: , , |