Uma nova reviravolta na tentativa de exploração e produção de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, no norte do Brasil. A francesa Total emitiu um comunicado nesta segunda-feira (7) anunciando que desistiu da operação dos blocos FZA-M-57, FZA-M-86, FZAM-88, FZA-M-125 e FZA-M-127. A petroleira já havia antecipado a decisão a alguns dias às suas duas sócias no projeto, a Petrobras e a BP.
Diante da decisão da Total, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) abriu um período de seis meses para que Petrobras ou BP decidam quem assumirá a operação dos blocos. Por enquanto, a petroleira francesa segue no posto de operadora, pelo menos até a nomeação da nova líder das áreas.
Para lembrar, os franceses arremataram em 2013 as cinco áreas exploratórias, localizadas a 120 quilômetros da costa brasileira, durante a 11ª Rodada de licitações promovida pela ANP. O Ibama já havia negado a licença de exploração em dezembro de 2018. Na ocasião, a presidente do Ibama, que pertenceu ao governo petista, Suely Araújo, negou a aprovação por não considerar que havia estudos técnicos adequados. Diante dessas negativas, a Total entrou recentemente com novos pedidos de licenciamento ambiental.
Os projetos envolvendo os blocos de exploração na Bacia do Foz do Amazonas também enfrentam muita resistência por parte de ambientalistas, após a descoberta de uma área de 9,5 km² com um recife de corais especiais, que conseguem sobreviver às águas turvas do Rio Amazonas.