Nos próximos dez anos, a União poderá contar com uma produção acumulada de 1 bilhão de barris de óleo provenientes dos 17 contratos em regime de partilha de produção sob gestão da Pré-Sal Petróleo (PPSA). Os investimentos para o desenvolvimento dos contratos entre 2021 e 2030 chegam a US$ 122,7 bilhões.
Entre 2021 e 2030, a comercialização dessa produção, que também está a cargo da companhia, deverá totalizar aproximadamente US$ 75,3 bilhões para o Tesouro Nacional. As projeções foram apresentadas pelo diretor-presidente da estatal Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), Eduardo Gerk, no dia 17 de novembro (terça-feira).
Os cálculos estimam ainda que, no total, os contratos de partilha de produção já existentes poderão gerar US$ 204,4 bilhões para os cofres públicos, no mesmo período. A conta considera a arrecadação esperada com a comercialização (US$ 75,3 bilhões), receitas com royalties (US$ 72,4 bilhões) e tributos (US$ 56,7 bilhões).
O trabalho foi realizado pela área de Planejamento Estratégico da companhia, por meio do Modelo Econômico de Exploração e Produção de Petróleo e Gás desenvolvido na PPSA. Compreende, entre as premissas, os planos de desenvolvimento dos consórcios, análises técnicas da equipe e o cenário de referência de preços de petróleo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
— O estudo demonstra que a produção média diária dos 17 contratos será crescente, com ascensão significativa a partir de 2025. Em 2030, deverá atingir 3,6 milhões de barris por dia. Para fins de comparação, a EPE, através do caderno de estudo para o Plano Decenal 2030, estima que a produção total de petróleo no país será de 5,26 milhões de barris por dia no mesmo período. Dessa forma, os contatos em partilha representarão cerca de dois terços da produção total — diz a nota.
O excedente em óleo da União também apresentará maior crescimento a partir da segunda metade da década. O estudo considera que, entre 2021 e 2030, todos os contratos estarão em produção. Em 2030, a União deverá contar com uma produção média de 629 mil barris de óleo por dia e arrecadar US$ 19 bilhões para o Tesouro Nacional com a sua comercialização.
24 navios-plataforma — Para desenvolver os contratos, serão necessários investimentos de US$ 122,7 bilhões entre 2021 e 2030, com pico de dispêndio em 2028, quando deverão entrar em produção seis FPSOs (Floating Production Storage and Offloading). O trabalho estima que, no período, serão contratados 24 navios-plataforma (FPSOs) e perfurados 387 poços.