Em seminário promovido pela Firjan, o Cluster Tecnológico Naval do Rio anunciou nesta terça-feira (27) a abertura de inscrições para órgãos públicos, empresas privadas, organizações não-governamentais, universidades e sindicatos interessados em aderir ao projeto. A ideia é fortalecer o cluster como um hub de desenvolvimento da chamada Economia do Mar no estado.
Hoje apenas quatro empresas — as estatais Amazul, Emgepron e Nuclep, mais a Condor Tecnologias Não Letais — integram o grupo que, juntamente com a Marinha do Brasil, trabalha pela retomada da indústria naval, militar e mercante. Os interessados podem se registrar no site clusternaval.org.br
Instituído em novembro de 2019, o Cluster Naval foi planejado em três etapas (estruturação, alavancagem e consolidação), com a perspectiva de, em cinco anos, ou seja, até 2025, estar em pleno funcionamento. A adesão de novas empresas permitirá, entre outras ações, a criação de dois conselhos consultivos. Um empresarial e outro científico-estratégico.
— Os parceiros de primeira hora poderão se beneficiar de todas as atividades que o cluster já oferece como a divulgação de oportunidades de negócios e a participação em nossos fóruns e seminários — explicou o diretor-presidente na Associação do Cluster Tecnológico Naval, Walter Lucas da Silva.
Na avaliação dos dirigentes do Cluster, a Economia do Mar favorece a criação de empregos, a geração de tecnologia e o aumento na arrecadação de impostos. No caso específico do Rio de Janeiro, duas áreas são tratadas como prioridade: o turismo marítimo e costeiro e o setor de defesa, segurança e vigilância do mar. O diretor-presidente da Emgepron, Edésio Teixeira, destaca que, em termos de segurança, não se fala apenas de soberania nacional, mas também de proteção ambiental. Já o turismo pode solucionar diversos problemas.
— O turismo marítimo e costeiro emprega muita gente e não exige grande capacitação. O treinamento necessário pode ser feito pelas próprias empresas. Abre vagas para a massa de trabalhadores de baixa renda que, hoje, não encontra emprego — disse ele.
O seminário contou ainda com a participação do deputado estadual Luiz Paulo e do sócio fundador da consultoria Skipper & WoolBlue, Miguel Marques.