Empresa afirma que manterá vocação para construção de projetos offshore e industriais, mas passará a atuar no segmento portuário, por meio de autorização para operar como TUP.
O Enseada obteve, nesta quarta-feira (7), a licença definitiva para operar como porto no escoamento de minério de ferro. O documento emitido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) tem validade de 25 anos e prevê que o Enseada armazene e movimente granéis minerais, cargas gerais e equipamentos de grandes dimensões, como torres e pás eólicas. A empresa poderá ampliar a área do terminal portuário para 740 mil metros quadrados.
Em nota, o Enseada destacou que o licenciamento permite ampliar os negócios em seu complexo naval, industrial e logístico. Localizado em Maragojipe, no recôncavo Baiano, o terminal de uso privado do Enseada está instalado em águas abrigadas e tem calado profundo. O TUP Enseada iniciou operações em 2020 e já armazenou e movimentou 308 mil toneladas de minérios oriundos de minas da Bahia.
A empresa destacou que, nos últimos anos, passou por um reposicionamento estratégico, ampliando sua atuação para além da vocação naval e industrial. O Enseada oferece soluções integradas de engenharia para projetos navais e offshore, industriais e logístico-portuários. O diretor-presidente do Enseada, Maurício Almeida, afirmou que a empresa manterá sua vocação de construção de projetos offshore e industriais, mas também passará a atuar no segmento portuário, tornando-se um player relevante para o setor.
“Reposicionamos a companhia e no meio de uma grave pandemia voltamos a contratar e gerar renda. Hoje oferecemos nossas instalações para a indústria nacional, em uma agenda industrial convergente e competitiva, que resultará em criação de valor para nossa empresa e clientes”, disse. A expectativa, segundo Almeida, é que seja implementada uma nova rota para exportação das comodities da Bahia, gerando oportunidades para a região do recôncavo.