Um novo gigante dos mares na costa brasileira. O FPSO Carioca começou no final de semana a sua viagem rumo ao campo de Sépia, na Bacia de Santos. A unidade será a maior plataforma da Petrobras tanto em termos de complexidade quanto em volume produção de petróleo. O FPSO deverá extrair seu primeiro óleo no campo de águas ultraprofundas no mês de agosto.
Como tem acontecido nos últimos anos, essa foi mais uma plataforma com boa parte das obras realizada na China. Apenas uma parcela do empreendimento foi realizada no Brasil. Por aqui, o estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), construiu dois módulos para o FPSO. Os equipamentos foram transportados do Brasil para a China, onde foram integrados à embarcação.
Em fevereiro de 2021, o FPSO chegou ao Brasil para as etapas finais de sua preparação. No estaleiro Brasfels foi feita a construção, verticalização e integração da torre do flare em uma operação especial, dado os 135 metros de altura da estrutura. A fase final de comissionamento do FPSO ocorreu também no estaleiro, gerando cerca de 600 empregos, e compreendeu os preparativos finais para a entrada em operação do navio.
O diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, João Henrique Rittershaussen (foto ao lado), disse que o FPSO e o desenvolvimento do campo de Sépia fizeram uso de tecnologia para reduzir o risco exploratório e o tempo de início da produção. Além disso, o empreendimento foi pensando para maximizar a produção e para reduzir as emissões de carbono.
“O projeto conta, por exemplo, assim como já feito para as unidades Replicantes e de Búzios, com sistema de remoção de CO2 presente no gás produzido e de reinjeção no reservatório, evitando o lançamento de dióxido de carbono na atmosfera”, destacou Rittershaussen.
A capacidade de produção do FPSO Carioca é de 180 mil barris de petróleo por dia, o que corresponde a 8% da produção de petróleo da Petrobras. O navio também pode processar 6 milhões m³ de gás natural por dia e conta com uma planta de processo de 40 mil toneladas para tratamento do óleo, do gás e injeção de gás e água nos reservatórios
De propriedade da Modec, a unidade está afretada pela Petrobras para operar por 21 anos no campo de Sépia. “A finalização da construção do FPSO Carioca MV30 em Angra dos Reis é um importante marco para o projeto, que agora entrará na fase final de comissionamento antes da entrada em operação. Desenvolver a maior plataforma a operar no país é motivo de muito orgulho para a Modec”, comemorou o gerente do projeto, Rafael Fumis.
Fonte: Petronotícias