Unidade de produção segue na mira da BW para ser alocada ao projeto de Maromba
O FPSO Polvo deixará o campo de Polvo, na Bacia de Campos, em setembro. O destino imediato da unidade da BW Offshore ainda é incerto, embora o grupo norueguês mantenha o interesse de utilizar o equipamento no desenvolvimento de Maromba, ativo adquirido no programa de desinvestimento da Petrobras e inicialmente programado para entrar em operação em 2022.
A unidade começou a ser desmobilizada em julho, sendo que em agosto a produção interrompida. Por enquanto, não há definição se o FPSO Polvo ficará no Brasil ou se irá para o exterior.
Até o momento, o grupo BW segue focado na operação de desmobilização da unidade, sem manter negociações com possíveis estaleiros do Brasil e do exterior. Para atender ao sistema de Maromba, o FPSO Polvo terá que ser submetido a pequenas obras de adaptação.
A decisão sobre a estratégia em relação ao rumo do FPSO Polvo deverá ser tomada entre os meses de setembro e outubro. A tendência é de que a unidade permaneça no Brasil por alguns meses, pelo menos.
Fontes do PetróleoHoje anteciparam que há chance de que o FPSO Polvo possa ficar um tempo parado em águas abrigáveis ou em algum porto do Rio de Janeiro. O board da BW segue priorizando a estratégia mais recente de tentar alocar o equipamento para o campo de Maromba, apesar da dificuldade de conciliar a questão da data do primeiro óleo do projeto.
A BW vem fazendo levantamento das obras necessárias para utilização da unidade em Maromba. A proposta original do grupo era de alocar o FPSO Berge Helene, que também pertence à sua frota, mas a estratégia perdeu força ao longo de 2021.
Capacitado para produzir 80 mil barris/dia de óleo, o FPSO da BW Offshore estava em operação no campo de Polvo desde 2007. Caso seja realocada ao projeto de Maromba, a unidade permanecerá mais 15 anos no Brasil.
O projeto de desenvolvimento de Maromba terá oito poços (seis produtores e dois injetores). A aquisição do campo pela BW Energy foi realizada em 2019.
Com a saída do FPSO Polvo, a BW Offshore deixará de operar unidade unidades de produção no Brasil. A PetroRio decidiu não efetuar nova renovação de contrato de afretamento da unidade, optando por interligar o campo de Polvo ao FPSO OSX-3, instalado no campo vizinho de Tubarão Martelo.