De acordo com força naval, construção de navios adicionais no programa classe Tamandaré ainda dependerá de disponibilidade orçamentária.
O programa para a obtenção das fragatas classe Tamandaré (PFCT) segue em fase de desenvolvimento do projeto executivo (engenharia). O cronograma das atividades do Estaleiro Brasil Sul – ThyssenKrupp mantém para 2025 a previsão de entrega da primeira das quatro unidades contratadas. De acordo com a Marinha do Brasil, a construção de navios adicionais ainda dependerá de disponibilidade orçamentária.
No último dia 27 de julho, o comandante da Marinha (CM), almirante de esquadra Almir Garnier Santos, visitou o Estaleiro Brasil Sul – ThyssenKrupp para inaugurar o escritório de fiscalização do PFCT da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). A responsável pela execução das quatro fragatas é a sociedade de propósito específico (SPE) Águas Azuis, liderada pela thyssenkrupp Marine Systems e que tem ainda a Embraer Defesa & Segurança e a Atech. O programa como um todo prevê a geração de cerca de 2.000 empregos diretos e 6.000 empregos indiretos.
As fragatas serão escoltas versáteis e com significativo poder combatente, capazes de se contraporem a múltiplas ameaças e destinadas à proteção do tráfego marítimo, podendo realizar missões de defesa aproximada ou afastada do litoral brasileiro, com ênfase na fiscalização e proteção das atividades econômicas, principalmente a petrolífera e a pesqueira. A Marinha destaca que os navios serão construídos com elevados índices de conteúdo local, incluindo a gestão do conhecimento e a consequente transferência de tecnologia com o acréscimo da mentalidade da gestão do ciclo de vida, proporcionando um novo paradigma de manutenção e evolução de conhecimento.
A força naval informou a Portos e Navios que o projeto das fragatas já apresenta algumas configurações de equipamentos delineadas. Entre eles, a Marinha citou a propulsão com motor de combustão principal MAN, sistemas de gerenciamento de combate (Atlas-ANCS); e sistema Integrado de gerenciamento da plataforma (L3 Mapps). Confira abaixo:
Armamento
– MSA MBDA SEA CEPTOR;
– MSS MANSUP;
– Canhão Leonardo 76/62 MM SRGM;
– Canhão Rheinmetall Sea Snake 30MM;
– Sistema de lançamento de torpedo SEA TLS-TT; e
– Sistema de Despistamento Terma C-Guard.
Sensores
– Radar de Busca Volumétrica Hensoldt TRS-4D ROT;
– Radar de Direção de Tiro Thales STIR 1.2;
– Sonar de Casco Atlas Elektronik ASO 713;
– Radar Busca de superfície Raytheon (Banda S);
– MAGE MB/Omnisys Defensor MK3;
– Alças optrônicas: SAFRAN PASEO XLR e Radares de Navegação Raytheon (Banda X).
Sistemas de Gerenciamento
– Sistema de Gerenciamento de Combate Atlas-ANCS; e
– Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma L3 Mapps.
Propulsão
– Motor de Combustão principal MAN – 12V 28/33D STC.
