Emgepron avalia que projeto do navio-patrulha tem forte demanda por marinhas e guardas costeiras. Meta preliminar de conteúdo local estabelece índice perto de 50%.
A Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) avalia que os navios-patrulha de 500 toneladas (NPa500-BR) possuem um grande potencial para fornecimento a marinhas de outros países. O vice-almirante Flavio Brasil, diretor técnico comercial da Emgepron, contou que a iniciativa da empresa de ser detentora da propriedade intelectual de um projeto de navio-patrulha leva em consideração que é uma classe muito demandada por países com a zona costeira extensa, como o Brasil.
Para a Emgepron, uma vez construído para a Marinha brasileira e arvorando com pavilhão nacional, será possível vender este navio para outras marinhas. “Entendemos que esse é um produto com apelo forte no exterior porque todas as marinhas e guardas costeiras têm necessidade desses navios”, afirmou o VA Brasil durante a conferência ‘Cenários da Indústria Naval e Offshore’, promovido, na última semana, pela Navalshore e pela Revista Portos e Navios.
Na ocasião, o diretor da Emgepron disse que a esquadra brasileira, atualmente, possui um inventário numeroso ficando em idade avançada e que vai precisar ser substituído. Ele acrescentou que, nesse sentido, a empresa vem pensando no futuro e investiu nesse projeto. Brasil adiantou que o projeto prevê para esse navio um conteúdo local da ordem de 50%. As estimativas preliminares calculam cada unidade saindo ao valor em torno de US$ 35 milhões.
Um dos destaques do NPa500-BR, segundo Brasil, será a customização da suíte de armamentos e equipamentos dese navio.O navio terá comprimento total de 58,9m, por 9m de boca, 2,5m de calado máximo e 5,2m de pontal. O projeto prevê radares de navegação e de busca de superfície, além de CMS, comunicação satelital banda X e CMS. A parte de armamento terá metralhadoras GAM-BO1 (20mm) e canhão Bofors Mk4 (40mm).