Empresas avançam com negociações para o afretamento do novo FPSO do Parque das Baleias
A Petrobras e a Yinson devem concluir o processo de negociação para o afretamento do FPSO do Sistema Integrado do Parque das Baleias entre o fim de agosto e o início de setembro. As duas empresas discutem as condições do contrato desde o final de maio, quando a petroleira recebeu a proposta da licitação, que teve o grupo estrangeiro como único ofertante.
A taxa diária original oferecida pela Yinson foi de US$ 647.746, valor acima da proposta ofertada no bid original, mas ainda abaixo do preço projetado pelo mercado. A aposta do mercado é de que as negociações devam assegurar um pequeno desconto à Petrobras.
O FPSO do Parque das Baleias terá capacidade para produzir 100 mil barris/dia de óleo e comprimir 5 milhões m³/dia de gás. O sistema está programado para entrar em operação em 2024, mas a tendência é que o cronograma deva ser revisto no Plano Estratégico 2022-2025.
A aposta é de que o primeiro óleo do projeto seja transferido seja transferido para 2025. O contrato de afretamento do FPSO é de 22 anos e meio.
Na primeira licitação, apenas a Yinson e Bluewater/Saipem entregaram proposta, sendo que o consórcio foi desclassificado.
Localizado em águas profundas da Bacia de Campos, o Parque das Baleias é formado pelos campos de Jubarte, que compreende também as áreas de Baleia Azul, Baleia Franca e Pirambu; Baleia Anã, Cachalote, Caxaréu, Mangangá, Pirambu e Jubarte. O polo conta hoje com quatro FPSOs – P-57, P-58, Cidade de Anchieta e Capixaba.
O FPSO Capaxiba será desmobilizado do projeto em 2022.
Além do negócio voltado ao Parque das Baleias, a Yinson está construindo o FPSO Anna Nery para a Petrobras. Capacitada para produzir 70 mil barris/dia de óleo, a unidade irá compor a segunda fase de revitalização do campo de Marlim, tendo previsão de entrada em operação para 2023.