Companhia prevê US$ 9,8 bilhões para atividades de descomissionamento. Projeto-piloto iniciará em 2023 com a P-32, na Bacia de Campos. Empresa pretende dar destinação ambientalmente correta a 26 plataformas nos próximos 5 anos
Com objetivo de se tornar referência global em descomissionamento de plataformas como modelo de destinação verde, a Petrobras anunciou que pretende, nos próximos cinco anos, dar destinação a 26 plataformas com uma Política de Reciclagem Verde de embarcações. A estatal prevê investir US$ 9,8 bilhões em atividades de descomissionamento e projeto-piloto iniciará já em 2023 com a P-32, localizada no campo de Marlim, na Bacia de Campos, que passa por um processo de revitalização.
A política de reciclagem verde pretende implementar ações de minimização da geração de resíduos, prevendo impactos à biodiversidade, além do reaproveitamento de equipamentos e estímulo à economia circular. A Petrobras ainda ambiciona inventariar previamente os materiais existentes na embarcação, para garantir a elaboração adequada de um plano de reciclagem pelo estaleiro.
Já com os estaleiros, a estatal passará a habilitar para os processos de licitação, somente os que possuem certificados em ISO 14001 (Environmental Management), ISO 45001 (Occupational Health and Safety Management) e ISO 9001 (Quality Management), dotados de dique seco (dry-dock) ou terreno impermeabilizado com sistema de drenagem. Além de considerar os requisitos da European Union Ship Recycling Resolution nº 1257/2013 no caso de estaleiros internacionais e/ou, no caso dos brasileiros, as licenças de operação e a conformidade com a legislação, regras e regulamentos de meio ambiente, segurança e saúde dos trabalhadores aplicáveis.
Segundo a gerente executiva de projetos de desenvolvimento da produção da Petrobras, Mariana Cavassin Paes, o trabalho desenvolvido em 2022 foi para garantir a aplicação de regras ambientais e de direitos humanos ao longo de toda a cadeia de fornecedores. “Buscamos garantir a apropriada destinação final de materiais oriundos do descomissionamento, em alinhamento às melhores práticas da indústria e aos princípios estabelecidos na Carta Internacional de Direitos Humanos da ONU, com foco na sustentabilidade e na garantia de uma destinação sustentável”, declarou.