Serviços na ODN I, da Foresea, duraram dois meses e foram os maiores realizados pela Ecovix.
O navio de perfuração ODN I deixou nesta quinta-feira (10) o Estaleiro Rio Grande, onde permaneceu por dois meses para sua primeira docagem em dique seco. Os trabalhos de manutenção da embarcação foram o maior reparo realizado pela Ecovix desde a retomada das atividades navais, em 2021, e mobilizaram mais de 600 profissionais durante o período.
De propriedade da Foresea, o navio sonda passou por revisão geral nos sistemas, limpeza do casco, pintura, serviços de tubulação, entre outros reparos. A embarcação pode operar em uma lâmina de água de até 3.048 metros e é capaz de perfurar poços de até 12.195 metros de profundidade. Após a saída do estaleiro, deve seguir para a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, para a reinstalação dos thrusters (equipamentos de propulsão).
“Foi um trabalho inédito, tanto para o cliente quanto para o estaleiro. O nosso maior desafio foi a obtenção de uma mão de obra mais técnica para atuar por um curto espaço de tempo. Nos preparamos por três meses para os serviços e o resultado foi bastante positivo”, celebra o diretor operacional da Ecovix, Ricardo Ávila.
“A manutenção da ODN I foi a primeira de uma sonda dessa classe (de elevada arqueação) que se tem notícia no Brasil. Após avaliação de integridade, limpamos o casco, fizemos manutenção completa com upgrades de sistemas de navegação e válvulas de lastro, implementamos novo plano de pintura e atualizamos diversos equipamentos. Estamos prontos para seguir em um novo contrato, com nosso reconhecido histórico de excelência operacional e elevado padrão de segurança”, ressalta o vice-presidente Executivo de Perfuração da Foresea, Heitor Gioppo.
Preparação para a P-32
O trabalho na ODN I foi o sétimo reparo realizado pela Ecovix desde 2021. O estaleiro já se prepara para receber mais uma embarcação para reparos nas próximas semanas e, entre setembro e outubro, terá no local a plataforma P-32, que será desmantelada. O serviço foi conquistado em leilão da Petrobras vencido pela empresa e pela Gerdau.
Na parceria estabelecida entre as duas empresas, a Ecovix receberá a plataforma no Estaleiro Rio Grande, maior dique seco da América Latina, onde ocorrerá o desmantelamento das estruturas. Na sequência, a Gerdau utilizará a sucata metálica gerada como matéria-prima para produção de aço em suas usinas de Charqueadas (RS) e Sapucaia do Sul (RS). Outros materiais serão enviados para descarte seguro, com praticamente 100% da unidade sendo reciclada.
Essa será a maior unidade marítima já desmantelada no Brasil, dando início ao processo de reciclagem verde e responsável de plataformas da Petrobras. A expectativa é de que sejam geradas 250 vagas de emprego em Rio Grande, em um trabalho que deve se estender por 12 meses.