Durante lançamento do PAC, presidente da Petrobras destacou que companhia terá participação em 47 projetos no programa, que somam investimentos de R$ 323 bilhões.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse, nesta sexta-feira (11), que a empresa pretende encomendar a construção de, pelo menos, 25 navios e contratar serviços para 26 projetos de descomissionamento. Ele projetou que essas demandas da carteira podem vir a ser contratadas nos principais polos navais do país, como o do Rio de Janeiro e das regiões Nordeste e Sul. A expectativa é que o horizonte desses projetos ocorra nos próximos quatro a cinco anos.
“Vamos ter movimentação suficiente e praticamente equivalente ao pico da produção dos estaleiros nacionais ainda no seu governo (2023-2026), presidente Lula”, afirmou Prates, durante sua fala na cerimônia de lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Rio de Janeiro. O PAC como um todo prevê 9 eixos principais e investimentos da ordem de R$ 1,7 trilhão até 2026, entre aportes públicos e privados. O valor a ser aplicado pela Petrobras equivale a 17% desse total.
Prates salientou que a Petrobras tem uma participação em 47 projetos no PAC que somam R$ 323 bilhões de aportes, que vão desde sistemas de produção pré-sal à revitalização de campos de petróleo convencionais. Ele citou os Marlim, Albacora e Roncador como projetos de exploração e produção importantes que vão produzir mais com novas tecnologias.
“Nesse processo, vamos descomissionar plataformas e sistemas de produção antigos, trazendo novas plataformas e navios construídos no Brasil (…) Vamos lotar nossos estaleiros de novo no Rio de Janeiro, na Bahia, no Nordeste (…) No Sul já temos estaleiros de Rio Grande revigorados”, elencou Prates.
A Petrobras, junto à Transpetro, estuda programa de construção de 25 navios em estaleiros brasileiros. De acordo com a companhia, outros 11 navios para operações de cabotagem de petróleo e derivados deverão ser afretados. A destinação sustentável de 26 plataformas prevê o descomissionamento ambientalmente correto dessas unidades nos próximos cinco anos. O plano estratégico 2023-2027 da Petrobras serviu de base para seleção dos projetos prioritários da companhia que receberão os investimentos do novo PAC.