Plataformas para Sergipe poderão acessar R$ 8,56 bilhões do Fundo de Marinha Mercante

  • 01/04/2024

Petrobras tenta desde o ano passado afretar duas unidades para produzir gás e petróleo em águas profundas

RIO – Os dois FPSOs que a Petrobras vai instalar no projeto de produção em Sergipe Águas Profundas (SEAP) vão poder acessar os recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM). O conselho diretor do fundo aprovou em reunião extraordinária, na sexta (22/3), o aporte de R$ 8,56 bilhões para as duas plataformas.

A previsão é que a primeira unidade possa acessar R$ 4,89 bilhões em recursos do FMM, com um índice de conteúdo local mínimo de 40%. Já a segunda plataforma terá acesso a R$ 3,67 bilhões, com 30% de conteúdo nacional.

A dificuldade de financiamento é um dos fatores que tem atrasado a licitação das unidades. No momento, a Petrobras conduz uma concorrência para a contratação conjunta das duas plataformas, no modelo de afretamento, como mostrou a agência epbr esse mês. O início da produção está prevista para 2028, com a entrada do gasoduto no ano seguinte.

Em Sergipe, os processos de contratação já precisaram ser estendidos duas vezes. A previsão atual é de apresentação de propostas em junho. A companhia já admitiu que pode recorrer a plataformas próprias para levar adiante o projeto, caso a licitação fracasse novamente.

Os FPSOs que vão produzir em águas profundas de Sergipe terão capacidade para produzir 120 mil barris/dia cada e devem entrar em operação a partir de 2028. A empresa prevê R$ 40 bilhões em investimentos para a primeira unidade e R$ 60 bilhões para a segunda.

Com a aprovação pelo FMM, os projetos podem ser financiados pelos agentes financeiros do fundo, que são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco da Amazônia (Basa). O prazo para a contratação do financiamento é de 450 dias.

Ao todo, o FMM pode financiar até 90% do valor dos projetos. O custo do financiamento depende do percentual de conteúdo nacional e do tipo de embarcação.

A carteira de crédito do fundo em dezembro de 2023 era de R$ 18,4 bilhões. Desse valor, 98% visavam a construção e aquisição de embarcações e 2% estavam destinados para a reforma e construção de estaleiros.

Fonte: Agência EPBR – Gabriela Ruddy
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