Estaleiro e base naval em Itaguaí têm perto de 80% de estruturas concluídas

  • 22/07/2024

Orçamento total previsto para essas instalações do complexo da Marinha do Brasil é da ordem de R$ 16,4 bilhões, com cerca de R$ 10 bilhões pagos até 2023

A implantação do estaleiro e da base naval para construção e manutenção de submarinos convencionais e de propulsão nucelar da Marinha do Brasil está perto de atingir 80% da meta física, segundo relatório do Ministério da Defesa. Até 30 de abril de 2024, o percentual de conclusão das duas estruturas informado pelo comando da força naval era de aproximadamente 77%. As obras foram iniciadas em 2009, com previsão inicial de término em 2025. Pelo cronograma atual, a conclusão dessas unidades deve ocorrer em 2031.

O orçamento total é da ordem de R$ 16,4 bilhões, considerando os cerca de R$ 10 bilhões pagos até 2023, os restos a pagar (RAP) inscritos e reinscritos para 2024 (R$ 2,7 milhões), incluindo valores processados e cancelados, além do orçamento de R$ 314 milhões para este ano (LOA 2024) e das necessidades contratuais de 2025 (R$ 1,3 bilhão), 2026 (R$ 1,3 bilhão) e pós-2026 (R$3,6 bilhões).

Em março deste ano, a Marinha realizou o lançamento ao mar do submarino Tonelero (S42), terceiro dos quatro submarinos convencionais com propulsão diesel-elétrica do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), construído no complexo em parceria com a França. A quarta unidade (Angostura) tem previsão de entrega em 2025. Anteriormente, foram entregues as unidades Riachuelo, que dá nome à série, e Humaitá.

O cronograma de 2024 das obras do complexo prevê para o estaleiro e a base naval ao longo do ano: três torres meteorológicas; o canal de macrodrenagem (S1); uma linha de transmissão de energia (138 kV) e uma oficina de apoio à manutenção de motores a diesel. Especificamente para base naval estão previstos para este ano: os cais 3B e 4 (sem os equipamentos móveis), além de centros integrados de controle, do prédio do comando da base e utilidades dos cais 5, 6, 7 e 8.

Para depois de 2025, o estaleiro e base naval devem contar com o canal de macrodrenagem (S2); com uma oficina de apoio à manutenção de submarinos (equipamentos para o SCPN); com o centro de intendência em Itaguaí; do prédio do Esquadrão de Guerra Cibernética (ESQDGCIBER); e com o prédio do Centro de Instrução e Adestramento. Para 2033, a Marinha planeja contar com um complexo de manutenção especializada (CME).

Entre as entregas até 2023, destaque para: sete cais para atracação de submarinos e um cais auxiliar; para o túnel de acesso entre a área norte e a área sul do estaleiro e base naval; a unidade de fabricação de estruturas metálicas (UFEM); prédio principal e mandrilhadora de alta capacidade do estaleiro de construção. Completam a lista uma linha de transmissão de 25 KV; o sistema de transferência dos submarinos; oficinas e prédios administrativos do estaleiro de construção; centros integrados de controle de dados, de infraestrutura industrial e de operações de segurança; e a conclusão do processo que assegura a correta instalação, teste e operação dos sistemas e componentes do elevador de navios.

A Marinha projeta que o total de empregos a serem gerados durante o ciclo completo do Prosub gere aproximadamente 34.800 vagas, sendo 11.539 diretos, 5.442 indiretos e outros 17.768 induzidos. A estimativa leva em conta oportunidades geradas por empresas diretamente envolvidas e indiretamente ligadas ao programa. A implantação da infraestrutura para construção, manutenção e apoio à operação de submarinos convencionais e de propulsão nuclear, bem como as demais instalações que proverão o apoio logístico aos submarinos, também prevê a transferência de tecnologia e treinamento da tripulação.

Fonte: Portos e Navios – Danilo Oliveira
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