Com base em projetos de novas construções, sindicato projeta aumento de demanda por profissionais de diferentes áreas, como soldadores, caldeireiros, encanadores, esmerilhadores e eletricistas
O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore prevê que, entre as categorias de profissionais, a demanda das novas construções vai demandar principalmente soldadores, caldeireiros, encanadores, esmerilhadores, eletricistas, operadores de máquinas, pintores, jatistas, mecânicos e montadores de instalações elétricas. O Sinaval também uma recuperação do número de empregos nos estaleiros, que chegou a 15 mil e atualmente está em 32 mil postos de trabalho.
O sindicato estima perdas da ordem de R$ 32 bilhões, que o Brasil deixou de gerar pela desmobilização da construção naval, que chegou a empregar mais de 80 mil trabalhadores ao final de 2014. Para o Sinaval, é importante estabelecer uma política de Estado que ajude a desenvolver fornecedores nacionais, valorizando a geração de emprego, renda e sustentabilidade no Brasil.
O vice-presidente do Sinaval, João Azeredo, citou dados da OCDE que ressaltam que a atividade tem intensa utilização de mão de obra. Ele chamou a atenção que a demanda é fortemente associada à expansão do comércio e á prestação de serviços marítimos, à taxa de substituição de navios e à regulamentação existente para o setor naval.
O Sinaval observa que, nos últimos dois anos, o governo brasileiro vem tentando implementar uma política naval de longo prazo, que vem sendo discutida pelos grupos de trabalho do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). “Muitos mecanismos que começaram a ser discutidos nesses GTs foram implementados e estamos desenvolvendo uma indústria naval de longo prazo”, afirmou Azeredo, durante evento promovido pelo Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro e pelo Estaleiro Mauá, na última semana, em Niterói (RJ).