As atividades do Estaleiro Enseada foram recomeçadas com anúncio de construções de seis embarcações. No total está o retorno da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen).
A Petrobras retoma investimentos na Bahia e o reforço aconteceu no dia 09 de outubro (quinta-feira), com o anúncio de novos aportes da companhia no estado. Em evento no Estaleiro Enseada, em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, foi celebrado o contrato de construção de seis embarcações de apoio marítimo offshore, que serão construídas no Estaleiro Enseada. O evento marca também o retorno das atividades da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) da Bahia, prevista para ocorrer até o final de 2025. Ao todo serão investidos mais R$ 2,6 bilhões no estado, por meio desses dois projetos.
Foi assinado, ainda, um protocolo de intenções que dará início às tratativas da Petrobras com o estado da Bahia, para o acostamento de plataformas que passarão por processo de descomissionamento no canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu (BA). O protocolo também prevê a disponibilização de parte do canteiro para que estado da Bahia utilize a área como apoio à construção da Ponte Salvador-Itaparica.
Com foco na cadeia produtiva local, os investimentos da Petrobras voltam a impulsionar a indústria naval no estado. —Há cerca de dez anos o setor naval na Bahia foi deixado de lado, causando perda de empregos e queda de arrecadação para o estado. Estamos retomando investimentos que não deveriam ter sido abandonados e assim viabilizando projetos importantes para a Petrobras, com impacto direto na geração de empregos, desenvolvimento industrial e fortalecimento da cadeia produtiva local —declara a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
Embarcações de apoio —As seis embarcações são do tipo OSRV (Oil Spill Response Vessel), especializadas em atividades de controle de vazamentos em alto-mar, e serão afretadas para a Petrobras pela Empresa Brasileira de Navegação CMM Offshore Brasil e construídas no Estaleiro Enseada, em Maragogipe, a cerca de 130 quilômetros de Salvador. O investimento total é estimado em R$ 2,58 bilhões, com previsão de quatro anos para construção e 12 anos de operação para cada contrato.
A estimativa é a geração de 5,4 mil empregos diretos e indiretos e a utilização de no mínimo 40% de conteúdo local mínimo na fase de construção.
As embarcações serão equipadas com um sistema propulsivo híbrido, que combinará motores elétricos e baterias com geradores movidos a diesel/biodiesel, além da possibilidade de conversão futura para etanol/metanol, capazes de reduzir em até 25% de emissões de CO2.
No total no Brasil, a Petrobras está investindo na construção de 22 novas embarcações de apoio Offshore, sendo 12 embarcações do tipo PSV (Platfform Supply Vessel), especializadas no transporte de suprimentos e equipamentos para plataformas e em construção, além de dez ORSVs, que incluem os seis a serem construídos na Bahia.
Protocolo de intenções é assinado para estudar viabilidade para desmantelamento sustentável de plataformas — A assinatura de protocolo de intenções para estudar a viabilidade de utilização do canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu é uma alternativa para atividades de desmantelamento sustentável (descomissionamento) de plataformas flutuantes de produção de petróleo e gás. Atualmente sem utilização, o canteiro conta com uma infraestrutura que inclui cais com capacidade para atracação de embarcações do tipo FPSO e semissubmersíveis, além de áreas administrativas, oficinas e alojamentos.
O protocolo visa explorar o uso da área para acostamento temporário e desmantelamento parcial de plataformas, alinhando-se às demandas previstas até 2029, período em que diversas unidades da Petrobras estarão em processo de descomissionamento.