Investimentos de mais de US$ 1 bi impulsionam o estado a se tornar um destino promissor no mercado de descomissionamento
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) quer estimular o desenvolvimento do mercado de descomissionamento offshore no estado, por meio da aproximação de companhias multinacionais. Está previsto o investimento de mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões) para os próximos ano,
Para isso, foi realizada uma missão na Escócia e na Noruega, que ocorreu entre 24 e 28 de novembro, para buscar parcerias e atração de investimentos para esta cadeia produtiva. O descomissionamento offshore é o processo que envolve desativação, desmontagem e reciclagem de plataformas e estruturas de petróleo e gás que chegam ao fim da vida útil.
Com 18 projetos aprovados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões) de investimentos previstos para os próximos anos, o Espírito Santo já é o terceiro destino mais promissor do Brasil para se investir no segmento.
O objetivo é posicionar o Espírito Santo como um hub competitivo para operações do setor. São vantagens do Espírito Santo, sua infraestrutura portuária, logística e capacidade industrial.
Memorando
A Findes vem alinhando a pauta com empresas do setor de petróleo e gás no Brasil como a Petrobras e também com entidades do exterior, o que resultou na assinatura do Memorando de Entendimento (MoU) com a Decom Mission – única associação comercial independente dedicada exclusivamente ao descomissionamento na indústria global de energia.
“O Espírito Santo reúne as melhores condições para sediar essa indústria: diversos portos em operação e em projeto, uma cadeia metalmecânica madura, empresas de sucata e reciclagem com experiência em óleo e gás, além de sermos o terceiro maior produtor de petróleo do país”, destaca Paulo Baraona, presidente da Findes.
A delegação da Findes na Europa participou de agendas na UK-Brazil Offshore Decommisioning Business Forum (Fórum de Negócios de Descomissionamento Offshore Brasil–Reino Unido), na Offshore Decommissioning Conference 2025 (Conferência de Descomissionamento Offshore), além de visitar empresas do setor.
Para Paulo Baraona o movimento consolida o protagonismo capixaba em um mercado que vive sua primeira grande onda de oportunidades no Brasil. “O descomissionamento é uma atividade estratégica para o país, e o Espírito Santo está entre os estados mais preparados para liderar essa agenda. Reunimos infraestrutura portuária competitiva, uma cadeia industrial madura, capital humano qualificado e mais de US$ 1 bilhão em oportunidades mapeadas. Estamos apresentando ao mundo um estado organizado, alinhado às demandas da transição energética e pronto para gerar novos negócios, desenvolver nossa cadeia de fornecedores e atrair investimentos”, afirma Baraona.
Confira as vantagens competitivas do Espírito Santo para um hub de descomissionamento:
- 3º maior produtor de petróleo do Brasil;
- 18 projetos de descomissionamento aprovados pela ANP;
- US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões) em investimentos previstos;
- 4º maior grau de abertura comercial do país e relações com 240 mercados;
- Portos e estaleiros aptos para desmantelamento, reciclagem e logística avançada;
- Cadeia industrial madura e capital humano especializado.



