Representantes da Ocean Energy Pathway (OEP), organização sem fins lucrativos de apoio ao desenvolvimento técnico e regulatório de projetos de energia offshore, afirmam que esse tipo de geração terá papel-chave para a transição energética e que o Brasil tem condições para liderar esse processo.
Durante o Brazil Windpower 2025, realizado na semana passada em São Paulo (SP), eles apresentaram avaliações sobre as tendências do mercado para o setor e como a falta de informações pela população atrapalha iniciativas para usar essa energia menos poluente e incentivar a descarbonização no país.
A diretora da OEP no Brasil, Julia Paletta, disse que o Brasil pode vir a se tornar uma potência global em energia eólica offshore. Mas ressaltou que, para isso, precisará superar vários entraves, entre os quais citou a falta de conhecimento da população sobre o uso e a segurança desse tipo de energia. Ela citou estudo recente feito no Rio Grande do Sul revelou que, embora haja interesse da população em receber os empreendimentos, ainda há muitas dúvidas e receios sobre os impactos que podem causar.
“Para que as decisões se baseiem em evidências e não em narrativas distorcidas, é fundamental ampliar o acesso a informações qualificadas e estudos que orientem políticas públicas e a tomada de decisão”, afirmou Julia, que participou dos painéis “Agenda 2050: Propostas para Descarbonizar e (neo)industrializar o Brasil” e “O Desafio da Desinformação Climática e os Esforços para Combatê-la”.
O diretor assistente técnico da OEP, Liam Leahy, acrescentou que a organização busca dar suporte aos projetos, com análises sobre impactos sociais e ambientais. O objetivo, explicou, é fazer com que a exploração da energia offshore avance de forma estruturada. “O Brasil já se destaca como um dos mercados mais promissores do mundo por conta do seu potencial energético”, disse no painel “Tendências do Mercado Global: Energia Eólica Offshore”, ao comentar sobre os desafios técnicos à expansão do setor eólico.




