O empresário Frank Wlasek morreu no último sábado (29/8), aos 70 anos, vítima de um infarto, em sua casa no Rio de Janeiro. Conhecido no setor como “O rei dos mares “, ele ajudou a incentivar a construção naval e a navegação de cabotagem no final dos anos 1990 e início de 2000. Wlasek esteve à frente da companhia de navegação Metalnave e do estaleiro Itajaí (SC), este último vendido para a empresa Elcano. O estaleiro chegou a ter cerca de 1.300 funcionários nos anos 2000, quando desenvolveu embarcações de alumínio, barcos de apoio e até navios gaseiros.
Para o consultor Luiz Labruna, o falecimento de Wlasek foi uma grande perda para o setor. “No comando do estaleiro Itajaí e da Metalnave, Frank contribuiu para o crescimento da construção naval e da marinha mercante brasileiras, gerando milhares de empregos e sendo um dos pioneiros na implantação de processos de acabamento avançado. Era um empresário, de fato, à frente de seu tempo”, destacou.
Apesar dele ser considerado uma pessoa polêmica, amigos ressaltaram que ele apostou no setor num momento em que a construção naval vivia uma situação fragilizada nos anos 1990. “Ele foi um líder na navegação brasileira numa época em que ninguém acreditava nela”, comentou o engenheiro Sérgio Lamarca, que trabalhou com ele no estaleiro Itajaí.