São alguns dos temas que estarão sendo discutidos pelos participantes do 27º Congresso Internacional de Transporte Aquaviário, Construção Naval e Offshore.
A Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena) realiza o 27º Congresso Internacional de Transporte Aquaviário, Construção Naval e Offshore do dia 23 até o dia 25 de outubro de 2018 (terça a quinta-feira), na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no de Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Este ano, a Sobena adotou um formato inovador multiplataforma, com novos conteúdos e programas para a exposição e eventos paralelos. O principal objetivo do Congresso é fomentar a disseminação de pesquisas e estudos tecnológicos para o desenvolvimento de um sistema eficiente de transporte marítimo e offshore incluindo discussões sobre a construção naval nacional. O evento terá sessões técnicas com apresentação de trabalhos técnicos, painéis de debates sobre tópicos mais relevantes do cenário atual, com a participação de acadêmicos, pesquisadores e especialistas do setor assim como conferências selecionadas apresentadas por renomados técnicos e pesquisadores nacionais e internacionais.
Durante a abertura que teve várias autoridades como a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval Offshore (Sinaval), presidente executivo, Sergio Bacci, Sindicato Nacional das Empresas da Navegação Marítima, presidente,Bruno Bastos Lima Rocha, do vice-almirante, e engenheiro naval, diretor industrial da Marinha, Mário Ferreira Botelho, entre outros, e vários empresários e, estudantes da área naval.
O vice-almirante Mário Ferreira Botelho ressaltou que a Marinha vie um momento crucial através da construção das corvetas, o Programa Classe Corveta Tamandaré (CCT). Segundo ele é importante e quebra paradigmas porque hoje as embarcações serão construídas com verba brasileira, e exige o melhor dos estaleiros.
“ A Marinha vai acompanhar as obras, entender todos os passos dos projetos, vai cobrar para que os estaleiros nacionais tenham competitividade, e sejam fortalecidos. Acredito que possamos além da construção dessas embarcações, fazer manutenção da frota da marinha.”, concluiu.
O encontro tem um ar de olhar pra frente e afirmativas pujantes como “um pacto Brasil” que responda a ansiedade brasileira de fortalecer as empresas, a engenharia, e realmente tocar pra frente o que pede urgência — como ocupar os rios com as barcaças, e finalmente, partir para os transporte nas hidrovias, além das ferrovias, — tão importante no passado do país.
“Responder o mercado com gestão moderna e tecnologias de ponta”, predominou os discursos de abertura do evento.
Para o presidente do Sindicato Nacional das Empresas da Navegação Marítima, presidente, Lima Bruno Bastos Lima Rocha, a cabotagem de contêineres teve demanda reforçada, — principalmente, foi alternativa durante a greve dos caminhoneiros.
“Um mercado que abre uma grande janela para construção de navios voltados para o escoamento da produção, transporte mais seguro e competitivo”, lembra Bruno.
“Hoje temos 46 embarcações com bandeira brasileira para a cabotagem, se preservarmos o “marco regulatório 9432/1997”, vai ser a garantia de que em 2020 as encomendas para barcos de apoio cheguem a 250 barcos, para também o offshore”, diz Lima Rocha.
O marco regulatório “Lei 9432/1997” e o Fundo da Marinha Mercante são os pilares fundamentais para sobrevivência das empresas e para o crescimento da navegação brasileira em um prazo mais curto, — dizem especialistas do setor.
“ Temos no Brasil de hoje um imenso parque industrial e milhares de profissionais qualificados país afora para a construção naval. Fortalecer a engenharia nacional é de suma importância, e ter o entendimento de que o “pacto Brasil” funcionará se as forças políticas apostarem no crescimento através da produção: com certeza isso vai gerar empregos e renda para a nação. E uma nação forte é a que tem engenharia forte, sem deixar de lado a tecnologia e inovação. O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval Offshore (Sinaval), acredita nisso”, disse o presidente executivo da entidade, Sergio Bacci.