Dois dos quatro consórcios que compõem o short list da licitação para construção das Corvetas classe Tamandaré dizem que vão finalizar as embarcações no AMRJ.
O anseio de alguns almirantes do Arsenal de Marinha do Rio de janeiro (AMRJ), na ilha das Cobras (RJ), parece estar ter ganhado coro. A menos de 90 dias da divulgação do vencedor da licitação de construção das quatro Corvetas classe tamandaré, dois dos quatro consórcios internacionais pertencentes a fase final (short List) , acenaram com a possibilidade de finalizar a construção no ARMJ.
Fato este, que sempre foi defendido por alguns Almirantes dentro da Marinha, que sempre tiveram a certeza que o melhor local de construção destas embarcações, falando tecnicamente, é a velha base da Ilha das Cobras, na baia da Guanabara, que assim passaria por uma revitalização.
Consórcios
Um dos Consórcios é o grupo italiano Fincantieri, listado em terceiro lugar na relação dos quatro consórcios que compuseram a short list, divulgada em 15 de outubro passado, que já informou a Marinha do Brasil: vai construir as Corvetas no Vard Promar, seu estaleiro no complexo do Suape (PE), mas realizará todas as manutenções dos navios em uma área do ARMJ (que passaria por uma modernização) ainda a ser definida.
A outra empresa que procurou a Marinha, na segunda-feira (07/01), foi a alemã ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS), que foi classificada em segundo lugar no short list, e também garantiu que a manutenção das Corvetas tipo Meko A100, de 3.200 toneladas será feita no AMRJ, com um reunião entre ambos prevista para a semana que vem para discutir melhor o assunto e definir se houve desistência do consórcio em finalizar as embarcações no estaleiro Oceana em Itajaí ou não.
Isso porque, segundo informações de dentro do AMRJ de um oficial que analisou a proposta, apesar de alguns blocos serem feitos em Itajaí (SC), as seções principais e a montagem seriam feitas em estaleiro do Rio de Janeiro, mas não soube precisar se era o AMRJ ou algum outro privado.
Na opinião desse mesmo oficial desde o início do processo licitatório deveria ter havido a condição de se construir os navios no AMRJ, que deveria passar por uma grande reforma mas que tecnicamente reúne melhores condições se comparados a forma como, hoje, estão estruturados os estaleiros privados nacionais e elogiou a decisão da Fincantieri de modernizar parcialmente o AMRJ.