Petrobras aprova escopo do projeto da área do excedente da cessão onerosa Petrobras aprova escopo do projeto da área do excedente da cessão onerosa
O desenvolvimento da produção de Búzios, no cluster de Santos, demandará a contratação de sete novos FPSOs. As unidades terão capacidade para produzir pelo menos 180 mil bpd – 30 mil bpd a mais que as plataformas contratadas para o projeto até o momento.
O plano de desenvolvimento foi revelado à imprensa na quarta-feira (11/12) pelo diretor de E&P da petroleira, Carlos Alberto Oliveira. Batizada como Búzios 6, a primeira das novas plataformas será instalada em 2024 e, conforme antecipado pelo PetróleoHoje, licitada em 2020.
Ainda não há decisão sobre o modelo de contratação a ser adotado, se de afretamento, EPC (Engenharia, Suprimentos e Construção) ou BOT (Build Operate Transfer).
Fontes da Petrobras afirmam que a tendência é que a Petrobras opte pelo regime de EPC, ao menos para Búzios 6. Depois da contratação dos FPSOs replicantes (P-66 a P-71) e da cessão onerosa (P-74 a P-77), a petroleira vem adotando o modelo de afretamento nos contratos.
Búzios será desenvolvido com um total de 12 FPSOs, o que fará do projeto o maior sistema de produção do Brasil, com pelo menos 2 milhões de bopd de capacidade instalada. O plano de desenvolvimento ainda terá de ser detalhado internamente e, em seguida, encaminhado para aprovação dos sócios CNOOC e CNODC e da PPSA.
A área de E&P da petroleira não bateu o martelo sobre o ritmo de entrada em operação dos outros seis FPSOs. “Estamos avaliando se vai ser uma, duas por ano”, disse Oliveira.
Localizado na parte Norte da Bacia de Santos, o campo de Búzios produz, atualmente, cerca de 600 mil boed via quatro FPSOs (P-74, P-75, P-76 e P-77). O próximo (FPSO Guanabara) está em conversão pela Modec, com primeiro óleo programado para 2022.
A P-74 , P-75 e P-76 já estão produzindo acima da capacidade de suas plantas. Em janeiro, a Petrobras irá interligar um poço injetor de gás à P-77, o que deve fazer com que a unidade atinja sua capacidade em pouco tempo.
O bom desempenho dos reservatórios de Búzios contribuiu para que a Petrobras conseguisse alcançar novo recorde de produção diária e mensal em novembro, com as marcas de 3,2 milhões boed e 3,1 milhões boed, respectivamente.
Manutenção à vista
A partir de 2020, a Petrobras dará início às primeiras campanhas de manutenção nas plataformas de Búzios. O objetivo é redobrar a segurança dos sistemas,que operam há menos de cinco anos.
A Petrobras prevê que a campanha nacional de manutenção de 2020 gere cerca de 20 a 30 paradas programadas de plataformas. A maior parte dos trabalhos será executada no primeiro semestre.
Além de Búzios, serão realizadas paradas em FPSOs do campo de Lula, também localizado na Bacia de Santos, e em unidades da Bacia de Campos.
Apesar da extensa campanha de manutenção, Carlos Alberto Oliveira assegura que o trabalho não afetará a meta produção de 2,7 milhões boed para 2020. “Isso já está contabilizado na meta do ano”, garantiu o executivo.