A Marinha do Brasil inaugurou hoje (17) a sua Base de Submarinos da Ilha da Madeira, localizada no Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A base faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que visa à produção de quatro submarinos convencionais e do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear. Será a base naval mais moderna da Marinha brasileira e vai contribuir para a preparação dos meios navais, prioritariamente dos submarinos, além de prestar apoio logístico às organizações militares (OMs).
A base, segundo um comunicado da Marinha, vai “prover facilidades de atracação, infraestrutura e apoio administrativo aos navios subordinados ao Comando da Força de Submarinos; segurança de áreas e instalações do Complexo Naval de Itaguaí, incluindo os perímetros marítimo, terrestre e áreas comuns, em coordenação com as demais OMs e empresas sediadas no complexo, além de oferecer apoio básico de saúde.”
O comandante da Marinha, almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior, destacou a dimensão estratégica da base naval: “Aqui estará em breve a força máxima de dissuasão estratégica de nosso país: submarinos convencionais com propulsão nuclear, submarinos com propulsão diesel-elétrica, e também modernas fragatas e outros meios de apoio ao fortalecimento da soberania e do desenvolvimento do país”, disse na cerimônia que teve a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Para lembrar, ano passado foi apresentado o submarino Humaitá, no Complexo Naval de Itaguaí, o segundo dos quatro submarinos com propulsão diesel-elétrica planejados para atuar na defesa da costa brasileira. Em dezembro deste ano, está previsto o lançamento do Humaitá ao mar. O primeiro submarino do Prosub, o Riachuelo, já foi lançado ao mar em 2018. Os outros dois com propulsão diesel-elétrica, Tonelero e Angostura, têm entrega prevista respectivamente para 2022 e 2023. Eles estão previstos no Programa de Desenvolvimento de Submarinos, lançado em 2008 em uma parceria estratégica com a França, que prevê investimento de R$ 35 bilhões.