Presidente da empresa disse que ICN está pronta e mobilizada para abrir novas linhas de produtos e serviços. Grupo com participação da ICN apresentou, em novembro, proposta comercial para projeto de obtenção do navio polar pela Marinha do Brasil.
A Itaguaí Construções Navais (ICN) estuda formas de diversifificar suas atividades. O presidente da ICN, André Portalis, falou da necessidade de desenvolver novas atividades no complexo naval de Itaguaí, além da construção dos submarinos. Ele citou a manutenção de submarinos, bem como a eventual manutenção de demais navios da esquadra brasileira, em parceria com Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).
“A ICN está pronta e mobilizada para abrir novas linhas de produtos e serviços”, afirmou Portalis durante a cerimônia de batismo e lançamento ao mar do submarino Humaitá, segundo do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). A ICN é formada pela francesa Naval Group, Odebrecht e pela goldenshare da Marinha do Brasil, que garante à força naval poderes de veto no programa.
A ICN também olha para as oportunidades de construção de navios de superfície. No radar estão o navio polar e navios hidrográficos, pelos quais a ICN está competindo atualmente, e demais navios no portfólio da Marinha. “Estamos prontos para abrir aqui uma linha de construção de navios de superfície que vai sustentar a manutenção dessa competência e permitir, ao longo do tempo, continuar a construir submarinos também”, projetou Portalis.
A Itaguaí Construções Navais S/A (ICN) integra um dos quatro grupos proponentes que apresentaram propostas comerciais para o projeto de obtenção do navio de apoio antártico (NApAnt) pela Marinha brasileira . A proposta da ICN foi enviada à Diretoria de Gestão de Programas da Marinha do Brasil (DGePM), em conjunto com a Kership S.A.S, joint venture entre as francesas Piriou e Naval Group.
O presidente da ICN acredita que novas linhas de produtos e serviços poderão ser fortalecidas por intermédio das parcerias estratégicas de defesa entre Brasil e França e suas respectivas marinhas. Portalis disse que, em breve, o Brasil terá disponível uma frota de submarinos que representará uma capacidade operacional poderosa. Ele acrescentou que, com a construção nos próximos anos do submarino a propulsão nuclear, o país fortalecerá sua soberania. No entanto, Portalis alertou que manter a soberania nacional demanda o desenvolvimento de uma política industrial de defesa, sustentando as atividdades dos parceiros industriais-chave.