Unidade de produção pode permanecer no Brasil mesmo após o fim do contrato com a PetroRio
O grupo BW avalia a possibilidade de utilizar o FPSO Polvo no projeto de desenvolvimento do campo de Maromba, na Bacia de Campos, arrematado no programa de desinvestimento da Petrobras. A unidade de produção, que pertence à BW Offshore, está afretada à PetroRio, com término do contrato estipulado para outubro de 2021.
Oficialmente, o grupo norueguês evita dar detalhes sobre o andamento do processo. Mas a alternativa foi confirmada por fontes ao PetróleoHoje. O FPSO Polvo, no entanto, teria que ser submetido a pequenas obras de adaptação para atender ao campo de Maromba.
No momento, a BW trabalha em duas frentes relacionadas ao FPSO Polvo: a primeira está relacionada ao levantamento das obras requeridas para utilização da unidade em Maromba; a segunda é voltada à precificação das modificações. Entre as adaptações exigidas, estaria a inspeção minuciosa do casco para assegurar a integridade da unidade.
Originalmente, o grupo avaliava a possibilidade de utilização do FPSO Berge Helene, que também pertence à sua frota. A decisão final sobre a escolha ou não do FPSO Polvo para o projeto de Maromba deve ser tomada apenas entre o final de 2021 e o início de 2022.
A opção pelo FPSO Polvo vem ganhando força dentro grupo. Optando por essa estratégia, as obras de adaptações deverão ser realizadas no Brasil.
O FPSO da BW Offshore está em operação no campo de Polvo (Bacia de Campos) desde 2007. Caso o grupo aprove a sua utilização no projeto de Maromba, a unidade deverá permanecer em operação por, pelo menos, mais 15 anos no Brasil.
A planta da unidade tem capacidade para produzir 90 mil barris/dia de óleo. O FPSO opera em lâmina d’água de 105 m, sendo a última unidade do grupo sob contrato do Brasil.
A PetroRio decidiu não efetuar nova renovação de contrato do FPSO de Polvo, optando por interligar o campo de Polvo ao FPSO OSX-3, instalado no campo vizinho de Tubarão Martelo.
Projeto
O plano de desenvolvimento de Maromba foi aprovado pela ANP no segundo semestre de 2020. O FID (Final Investment Decision) do sistema será aprovado pela BW Energy no início de 2022.
A ANP estendeu o prazo de concessão do campo até 2060. O projeto de Maromba é operado pela BW Energy (95%), em parceria com a Magma Oil (5%).
O projeto de desenvolvimento terá oito poços, sendo seis produtores e dois injetores. A implantação do sistema exigirá a contratação de uma sonda ancorada.
