Pela quinta vez desde o anúncio dos planos de fusão de dois dos principais construtores navais da Coreia do Sul, as autoridades coreanas confirmaram nesta quinta-feira (30) que mais uma vez concordaram em adiar o fechamento programado da fusão entre a Korea Shipbuilding Offshore Engineering Co. (KSOE) e a Daewoo Shipbuilding Marine Engineering Co. (DSME). O Banco de Desenvolvimento da Coreia, que venderia suas ações na DSME para a Hyundai Heavy Industries, concordou com uma prorrogação do prazo até o final de 2021, enquanto relatórios na Coreia sugerem que esforços estão em andamento para encontrar alternativas para acelerar a conclusão da transação anunciada pela primeira vez em fevereiro 2019.
O empecilho para a fusão vem dos atrasos na conclusão de uma revisão antitruste, principalmente com os reguladores da União Europeia. Um total de seis autoridades são necessárias para aprovar a transação, com Cingapura, China e Cazaquistão até agora sendo os únicos a assinarem seu acordo. Acredita-se que os reguladores coreanos estejam esperando pela UE, mas as autoridades europeias expressaram preocupação, dizendo que a proposta requer uma revisão extensa. O Japão também precisará aprovar a fusão.
Reportagens na mídia coreana sugerem que uma das principais preocupações sobre a fusão é o provável monopólio da KSOE no transporte de gás e, especificamente, no setor de GNL, se a fusão for autorizada a prosseguir. Os estaleiros da Coreia do Sul já são vistos como líderes nos segmentos de transporte de gás.