FPSO Sepetiba tem construção impactada por “desafios no estaleiro”

  • 17/11/2021

Um plano de mitigação específico foi implementado pela SBM Offshore, que manteve a data do primeiro óleo do ativo

SBM Offshore anunciou que a construção do FPSO Sepetiba (Mero 2) foi impactada “pelo ambiente da cadeia de abastecimento e por desafios no estaleiro” em função da pandemia de Covid-19. Em atualização sobre os resultados do terceiro trimestre de 2021, a companhia afirmou que um plano de mitigação específico foi implementado e que sua eficácia será testada nos próximos trimestres.

De acordo com a SBM, mesmo após 18 meses do início da pandemia, a companhia continua enfrentando diversos desafios para a realização de suas atividades, como as restrições logísticas e de viagens, a inflação de preços de materiais e serviços, e os fechamentos de estaleiros. A empresa afirma que continua trabalhando em estreita colaboração com as equipes do cliente e empreiteiros para mitigar os impactos na execução desses projetos, mas o grau em que esses desafios poderão ser mitigados irá variar dependendo do projeto.

Apesar desses impactos na construção do FPSO Sepetiba, a companhia manteve o primeiro óleo do ativo em 2023 e informou que a campanha de levantamento dos módulos dos topsides da plataforma já foi iniciada. A unidade está sendo construída no estaleiro Bomesc, na China, e terá capacidade para produzir 180 mil bpd no campo de Mero, na Bacia de Santos.

Os outros dois FPSOs que estão sendo construídos pela SBM e que vão operar no país – Almirante Tamandaré e Alexandre Gusmão (Mero 4) – estão progredindo conforme o planejado. No caso do primeiro, a companhia afirma que as atividades de construção do topside no Brasil já foram iniciadas e, no caso do segundo, que a construção do casco atingiu o primeiro marco de corte de aço no terceiro trimestre deste ano.

O Almirante Tamandaré será destinado ao projeto de Búzios 6, também em Santos, e com início de operação previsto para o segundo semestre de 2024. Já o Alexandre Gusmão será alocado no campo de Mero, na mesma bacia, com início de operação previsto para 2025. A capacidade das plataformas é de 225 mil bpd e 180 mil bpd, respectivamente.

O grupo holandês também informou que pretende finalizar o desinvestimento de 45% do capital das sociedades de propósito específico que possuem e operam os FPSOs Almirante Tamandaré e Alexandre Gusmão no final deste ano e ao longo de 2022, nesta ordem.

Financeiro

A SBM Offshore fechou um novo acordo com a seguradora chinesa Sinosure visando a obtenção de cobertura de seguro em financiamentos futuros. Esse novo acordo foi fechado no dia 20 de outubro e “segue a cooperação bem sucedida” da companhia no financiamento do FPSO Sepetiba, que foi considerado o maior financiamento da história da SBM.

No terceiro trimestre, a receita da companhia foi de US$ 1,6 bilhão, representando uma redução de 8% ante o mesmo período no ano passado (US$ 1,8 bilhão). No acumulado ao ano, a SBM anunciou que bateu recordes no financiamento de projetos, que chegou ao valor de US$ 4,1 bilhões.

A frota global da SBM Offshore é composta por 15 plataformas, sendo que sete estão no Brasil: os FPSOs Capixaba, Espírito Santo, Cidade de Anchieta, Cidade de Paraty, Cidade de Ilhabela, Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema.

Fonte: Petróleo Hoje – Ana Luisa Egues