Empresa, que possui autorização para operação de granéis sólidos fará 3 embarques do minério. Complexo fechou contrato para recebimento e armazenagem de equipamentos para parques eólicos da Bahia.
A Enseada Indústria Naval recebeu uma nova autorização, em caráter especial, para operar a movimentação e armazenagem de manganês em suas instalações, em Maragogipe (BA). A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizou a operação pelo prazo máximo de 180 dias, a vigorar a partir do próximo dia 28 de julho. A empresa, que possui um estaleiro de grande porte e diversificou suas atividades nos últimos anos, possui autorização de terminal de uso privado (TUP). A Enseada requereu um novo prazo para realização de três embarques do minério para exportação, de forma a atender ao serviço contratado pela Davos Comercial e Exploração Mineral Ltda.
O diretor-relator do processo na Antaq, José Renato Fialho, explicou que a empresa tem vigente uma autorização especial para movimentação do mesmo produto, com previsão de três embarques iniciados em fevereiro de 2022 por 180 dias. Contudo, a empresa informou à agência que não foi possível dar início às operações no prazo previsto e que, considerando o prazo inicial terminando no próximo dia 27 de julho, apenas o primeiro embarque programado estaria contemplado pela autorização vigente. O TUP possui autorização para movimentação de granéis sólidos desde 2014.
O acórdão ressalta que a autorização não desonera a empresa do atendimento às exigências junto à Receita Federal, assim como aos padrões de regularidade e segurança exigidos pelos entes intervenientes na operação, como Marinha do Brasil, poder público municipal, autoridade aduaneira, Corpo de Bombeiros local e órgão ambiental. A decisão foi tomada pela diretoria colegiada durante a 524ª reunião ordinária, realizada na última semana e publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (7).
Na última sexta-feira (1º), o complexo Enseada, empresa do grupo Novonor, recebeu a visita do presidente Jair Bolsonaro (PL), e dos ministros Ronaldo Bento (Cidadania) e Carlos Brito (Turismo). A empresa informou que, durante a visita às instalações industriais, foram discutidos assuntos como: ‘competividade na construção de módulos de FPSO, parques eólicos offshore, operações logísticas e o projeto da ferrovia que interligará o complexo Enseada à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), operada pela VLI Logística’.
Também estavam presentes o presidente do Enseada, Mauricio Bastos de Almeida, o presidente da Bamin, Eduardo Ledsham, o vice-presidente da Brazil Iron Limited, Roberto Mann, além de outras autoridades, parceiros e trabalhadores da Enseada. Durante a visita, Almeida destacou que o complexo conta com uma área de 500 mil m² que se transformou no maior terminal portuário de minério de ferro da Bahia. O complexo possui um cais de recebimento de materiais e mais três cais de 270 metros de comprimento, todos com 13m de calado.
Eólicas
No mês passado, a Enseada assinou contrato com as empresas CGN Brazil Energy e Goldwind para receber aerogeradores em seu terminal alfandegado e que terão como destino parques eólicos da Bahia. A operação prevê que o complexo receba e armazene pás eólicas, torres, naceles e hubs — componentes de grandes dimensões, para suprir os parques de Tanque Novo e Caetité. A Enseada destacou que o contrato está alinhado com seu posicionamento estratégico focado em soluções logísticas e industriais para mercado de energia eólica e futuras fabricações estruturais de torres, fundações e flutuadores para parques eólicos onshore e offshore.