Após lançamento de seu 94º rebocador no mês passado, carteira tem mais seis embarcações em andamento: quatro novos rebocadores e dois wellboats. Estaleiro vem incrementando seus planos para ampliar atuação internacional.
O estaleiro Detroit (SC), após lançar o 94º rebocador da história da empresa no início de setembro, agora está envolvido em novos projetos: seis embarcações em andamento, quatro rebocadores e dois wellboats. E a tendência é de crescimento, levando em conta o atual cenário do mercado que, segundo o diretor comercial da companhia, Marcelo Rampelotti, passa por um momento de demanda reprimida no setor de embarcações por parte de petroleiras estrangeiras, além de um leve incremento das frotas portuárias e de apoio offshore.
À Portos e Navios, ele informou que, após a entrega das embarcações especializadas para o mercado de salmão no Chile, o estaleiro vem incrementando seus planos para ampliar sua atuação internacional. “Já entregamos duas embarcações ao mercado de salmão e mais dois estão em construção neste momento. Também temos intensificado a participação em eventos internacionais: mais recentemente estivemos na Aquasur (evento do mercado salmão) no Chile e na ITS (encontro do mercado de rebocadores) que, este ano, ocorreu na Turquia. Em ambos apresentamos nosso estaleiro e as embarcações para o mercado internacional”, contou o diretor comercial.
Conforme Rampelotti, o estaleiro Detroit apresenta soluções competitivas para os mais variados mercados: “Estamos capacitados para oferecer as principais tecnologias e atender aos mais novos requisitos internacionais. Recentemente, nós demostramos ser uma opção para o mercado de wellboats, pois, historicamente falando, temos ótima participação no apoio portuário e offshore”.
No último ano, a empresa – que funciona na cidade de Itajaí, em Santa Catarina – avançou em seus processos de construção e em certificações. “A melhoria contínua é uma filosofia já incorporada à cultura da nossa empresa. Nosso programa de certificação está em andamento e nossos processos são constantemente revistos e melhorados”, garantiu o diretor comercial da companhia.
Em relação ao crescimento por serviços de docagem, após o pico da pandemia de Covid-19, ele ressaltou a prevalência de uma demanda reprimida: “O que se percebe neste momento, especialmente no mercado de apoio offshore, é uma grande demanda por conversões que, somada às demandas por docagens de classe e emergenciais, acaba resultando em uma grande utilização dos estaleiros, que prestam esse tipo de serviço originado, principalmente, pelo término de contratos dessas embarcações junto à Petrobras”, informou,
Rampelotti também destacou a crescente demanda de embarcações por parte de petroleiras estrangeiras, e um leve crescimento – hoje, também percebido por ele – tanto da frota de apoio offshore quanto portuária. “Acreditamos que essa condição deva permanecer em médio prazo”, resumiu.
Embora tenha observado melhorias no mercado, ele ainda vê como preocupantes as dificuldades para aquisição de insumos: “Os efeitos da pandemia ainda são consideráveis em toda a cadeia, além do fato de que muitas regiões ainda estejam sofrendo com os desdobramentos da guerra na Ucrânia. Estamos observando, de forma atenta, o desenrolar dessas questões e, por essa razão, ainda não conseguimos estimar por quanto tempo mais essa situação permanecerá”.